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Consórcio Garibaldi

Clientes lesados já podem resgatar as indenizações na CEF

Os clientes que foram lesados pelo Consórcio Nacional Garibaldi, que fechou as portas há mais de 12 anos, já podem resgatar a indenização de parte dos prejuízos que tiveram com a falência da empresa. A Justiça Federal do Paraná divulgou nesta terça-feira (6) uma relação com nomes de 3,8 mil pessoas físicas e empresas que têm direito a parte da indenização. Em julho de 2008, o ex-deputado Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, depositou em juízo R$ 10,8 milhões para cobrir a dívida.

De acordo com a Justiça, o valor foi dividido proporcionalmente entre as pessoas lesadas. Os consumidores que adquiriram cotas do consórcio e que não receberam os bens ou a devolução do dinheiro devem consultar a listagem para conferir se tem direito a indenização. O dinheiro pode ser sacado diretamente em qualquer agência da Caixa Econômica Federal (CEF).

Os valores só poderão ser sacados pelo próprio beneficiário com apresentação de documentos de identificação e comprovante atualizado de endereço nos caixas do banco. Essa regra também vale para pessoas jurídicas, sendo que só seus representantes legais, integrantes do contrato social, poderão efetivar o saque. A Justiça Federal alerta que os valores ficarão disponíveis para saque por um ano e que não é necessária a contratação de advogados para o resgate do dinheiro.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), autor das ações contra o consórcio, o valor da indenização poderá ser acrescido futuramente em decorrência do confisco de dois imóveis do consórcio. Os bens ainda não foram vendidos pois aguardam decisão final da Justiça.

Falência

O consórcio Garibaldi fechou as portas na década de 90, deixando na mão milhares de clientes em todo o país. Na época, a empresa vendia consórcios de móveis, eletrodomésticos, motos, carros e caminhões. Segundo cálculos do Banco Central, o Garibaldi deixou um passivo de R$ 40 milhões.

Pelo crime de gestão fraudulenta, o ex-deputado, que colaborou com as investigações e fez o depósito milionário, foi condenado a seis anos de prestação de serviços comunitários. Os R$ 10,8 milhões foram estipulados num acordo judicial, no qual Garcia se comprometeu a indenizar parte dos prejuízos dos consorciados para deixar a prisão – ele ficou detido por 85 dias, no fim de 2004.

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