A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (14) que a crise financeira nos Estados Unidos, que afeta a economia mundial, é mais "política" do que econômica e não depende somente de dinheiro, mas também de "decisões".
Em declarações a jornalistas, Dilma argumentou que o problema surgiu em 2008, quando o governo dos Estados Unidos fez o resgate aos bancos e "trocou a dívida privada por dívida pública", o que, para ela, era inevitável na ocasião e permitiu que "uma catástrofe" maior fosse impedida.
No entanto, a presidente afirmou que agora há entraves políticos nos EUA quando se fala em aumento de impostos em um momento no qual o país precisa justamente de uma iniciativa fiscal, e não apenas monetária.
Em sua opinião, a maior dificuldade dos Estados Unidos atualmente é que "falta decisão política" para intensificar o estímulo ao investimento.
Segundo Dilma, "dependendo da pauta" ela poderia tratar do assunto com o presidente americano, Barack Obama, no encontro que manterão na próxima semana em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
A governante também considerou que "não existe uma solução internacional para esse tipo de problema", nem tampouco para a zona do euro, visto que é necessário que eles definam e agilizem as formas de resgate.
Em relação ao impacto da crise global na economia brasileira, Dilma indicou que o governo fará "um esforço" para chegar a um crescimento de 4% neste ano.
A economia do Brasil cresceu 3,6% no primeiro semestre do ano, mas se expandiu apenas 0,8% no segundo trimestre e Dilma admitiu que esse ritmo deverá cair ainda mais no terceiro.
No entanto, apontou que o governo confia que durante o último trimestre de 2011 haverá o que qualificou de "ressurgimento" do Produto Interno Bruto (PIB), que impulsionará o crescimento anual a aproximadamente 4%.
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