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A dívida pública atingiu um recorde na série histórica ao subir 2,48% em novembro em relação a outubro de 2023. O valor atingiu R$ 6,33 trilhões, uma alta de R$ 153,11 bilhões no período. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27).
O recorde anterior foi atingido em agosto, quando a dívida chegou a R$ 6,27 trilhões. O Tesouro argumenta que houve emissão líquida de R$ 99,94 bilhões e apropriação positiva de juros de R$ 47,44 bilhões.
"O mês de novembro foi marcado pelo forte aumento do apetite por risco, com bolsas em alta e juros em forte queda após uma moderação no discurso do Fed", explicou o Tesouro no relatório.
O estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,49% na comparação com outubro, passando de R$ 5,93 trilhões para R$ 6,08 trilhões. Esta é a parte da dívida que pode ser paga com moeda nacional.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe), que é obtida no mercado externo, cresceu 2,34% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 250,05 bilhões (US$ 50,66 bilhões).
O Banco Central também informou que a dívida pública percentual em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 74,7% em outubro. Os novos dados da dívida bruta do governo geral (DBGG) serão divulgados no dia 5 de janeiro.
Em relação ao colchão da dívida, foi registrado aumento nominal na reserva de liquidez de 11,43%. Ou seja, saiu de R$ 815,60 bilhões, em outubro, para R$ 908,86 bilhões, em novembro. O montante é 20,41% menor que o observado em novembro de 2022 (R$ 1,142 trilhão).
O índice equivale a 8,34 meses de vencimento da dívida. A reserva é o dinheiro em caixa destinado exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo disponível dos recursos vem da emissão de títulos.