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O dólar caiu ante o real nesta quinta-feira, aproximando-se novamente das mínimas em mais de 12 anos em um dia favorável a investimentos de risco em todo o mundo.

Com a atuação ainda relativamente tímida do governo --com dois leilões de compra de dólares pelo Banco Central-- e sinais de que não há medidas adicionais iminentes para frear a queda do dólar, o mercado se sentiu confortável para praticamente anular a alta das duas últimas sessões.

A moeda norte-americana caiu 0,83 por cento, a 1,557 real para venda. A Ptax, usada como referência para contratos futuros e derivativos cambiais, fechou a 1,5581 real para venda, em queda de 0,52 por cento.

Na segunda-feira, o dólar fechou a 1,554 real, menor cotação desde janeiro de 1999. Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo vai continuar agindo para brecar a valorização do real, mas posteriormente uma fonte do governo afirmou que a presidente Dilma Rousseff ainda não autorizou nenhuma ação adicional nesse sentido.

Do exterior, duas notícias alimentaram a queda do dólar nesta quinta-feira: a criação de mais empregos que o esperado no setor privado dos Estados Unidos e a garantia do Banco Central Europeu (BCE) de que continuará aceitando títulos de Portugal mesmo após a redução da nota do país pela agência Moody's para grau especulativo.

A expectativa para sexta-feira é com o relatório de emprego dos Estados Unidos. Analistas ouvidos pela Reuters esperam que 90 mil vagas tenham sido criadas no país em junho.

O Banco Central não informa o volume do mercado interbancário de dólar, mas dois profissionais estimam que esse segmento do mercado à vista --também chamado de secundário-- perdeu aproximadamente metade do volume desde sexta-feira passada, quando houve a mudança no cálculo da Ptax.

"Agora só tem mais volume quando tem algum fluxo, senão é por volta de 1 bilhão (de dólares). Antes era 2,5, 3 bilhões", disse o responsável pela área da tesouraria proprietária de um banco dealer, que preferiu não ser identificado.

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