O tom negativo dos mercados globais levou o dólar a fechar a quinta-feira com a maior alta percentual em mais de seis semanas frente ao real.
A moeda norte-americana subiu 0,95 por cento, a 1,804 real na venda, após avançar 1,45 por cento na máxima do dia. A alta registrada no fechamento foi a mais forte desde 14 de agosto.
"Vimos uma desvalorização forte de outras moedas frente ao dólar e simplesmente acompanhamos esse movimento. Além disso, as bolsas de valores e os preços do petróleo estão caindo, o que pressionou ainda mais a moeda", avaliou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
Outros profissionais do mercado citaram que os investidores realizarem lucros após as recentes baixas do dólar. Esse movimento refletiu o aumento da aversão ao risco no exterior, com temores de que a retomada econômica não aconteça conforme o esperado.
Investidores aumentaram as compras de dólar depois de bancos centrais afirmarem que reduzirão alguns programas emergenciais de estímulo à liquidez.
No mercado internacional, a moeda norte-americana avançava mais de 1 por cento ante uma cesta com as principais divisas no final da tarde, afastando-se das mínimas em um ano.
A moeda dos EUA também subia diante de divisas emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
Enquanto isso, as bolsas de valores de Nova York repercutiram negativamente a queda nas vendas de moradias usadas, o que ofuscou dados mostrando uma redução nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada.
Apesar da alta no dia, Medeiros, da Pioneer Corretora, acredita que a tendência do dólar ainda aponta para baixo, principalmente com a perspectiva de mais ingressos de recursos no país no curto prazo.
"Podemos buscar cotações até próximas de 1,70 real se essas entradas se confirmarem", acrescentou.
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