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O dólar à vista voltou a subir e encerrou esta terça-feira (25) cotado a R$ 5,4545 na venda, em alta de 1,19%. No mês, a divisa acumula elevação de 3,88%. O resultado foi impulsionado pelo exterior, onde a moeda norte-americana tinha ganhos firmes ante as demais divisas.
Já a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram acompanhadas de perto, mas pouco alteraram a percepção sobre o cenário fiscal doméstico.
O movimento de busca por dólares no exterior foi impactado pela declarações da diretora do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Michelle Bowman. Ela defendeu que a manutenção da taxa de juros estável "por algum tempo" provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.
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Ao mesmo tempo, a diretora reforçou sua disposição de aumentar os juros se necessário. Além disso, dados mostrando o aumento dos preços de residências nos EUA e uma confiança do consumidor acima do esperado contribuíram para o dólar forte.
Ata do Copom
No Brasil, o Copom indicou que todos os diretores concordaram que o colegiado deve "perseguir a reancoragem das expectativas de inflação independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem ora observada".
A ata da última reunião do Copom trouxe uma elevação da taxa de juros neutra – aquela em que não há estímulo nem retração da economia – de 4,50% para 4,75%, conforme o cálculo do BC.
Já Galípolo reconheceu o incômodo com o avanço recente do dólar ante o real, mas ressaltou que o BC não tem uma meta de câmbio ou de diferencial de juros, mas sim uma meta de inflação.
Ibovespa tem leve queda
O Ibovespa fechou o dia com um declínio modesto, encerrando uma sequência de cinco pregões no azul. O resultado foi puxado principalmente pela queda das ações da Vale e da B3, enquanto o Banco Central endossou o cenário de Selic estável nos próximos meses.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,25%, a 122.331,39 pontos, após acumular um ganho de quase 3% nas cinco sessões anteriores. Na máxima desta terça (25), chegou a 122.849,07 pontos. Na mínima, a 121.997,14 pontos. O volume financeiro na bolsa somou R$ 15,9 bilhões.
A sessão ainda teve na pauta números mostrando que a arrecadação do governo federal teve alta real de 10,46% em maio sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 202,9 bilhões, maior arrecadação para o mês desde o início da série, em 1995 e um pouco acima do esperado no mercado.