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Economia brasileira perde fôlego e cresce apenas 0,1% no terceiro trimestre

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Exportações, consumo do governo e indústria foram os principais destaques, enquanto que consumo das famílias diminuiu. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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O Produto Interno Bruto brasileiro (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre deste ano de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quinta (4). O índice confirma a desaceleração da economia do país e expõe a dificuldade em sustentar um crescimento mais robusto mesmo com desemprego baixo, enquanto a taxa básica de juros em 15% encarece o crédito e restringe o consumo das famílias.

O PIB somou R$ 3,2 trilhões no período, sendo R$ 2,8 trilhões do Valor Adicionado e R$ 449,3 bilhões de impostos líquidos de subsídios. A Indústria teve crescimento de 0,8% e a Agropecuária avançou 0,4% na comparação com o trimestre anterior, mantendo algum vigor produtivo apesar das incertezas políticas e fiscais.

Já os Serviços, setor mais representativo do PIB, ficaram praticamente estáveis em 0,1%, revelando uma fraqueza na atividade interna mesmo com a abertura de vagas formais ao longo do ano.

Na comparação anual, a economia cresceu 1,8%, puxada pela forte expansão de 10,1% da Agropecuária, além de avanços mais moderados na Indústria (1,7%) e nos Serviços (1,3%).

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O consumo das famílias, responsável por boa parte do dinamismo econômico, avançou apenas 0,1% e confirmou o efeito direto dos juros elevados sobre o orçamento doméstico. Com o crédito mais caro e dívidas pesando no bolso, as famílias reduziram o ritmo de compra. Ainda assim, o relatório destaca que, mesmo com o desemprego em patamar historicamente baixo (5,4%), o consumo perdeu força e não ajudou a impulsionar o PIB.

Em contrapartida, o consumo do governo cresceu 1,3%, ampliando a presença estatal na demanda interna. Os investimentos, depois de um trimestre negativo, registraram alta de 0,9%, sugerindo retomada pontual da confiança empresarial.

Importações e exportações

No setor externo, as exportações subiram 3,3%, beneficiadas pela demanda global por commodities brasileiras e pela competitividade natural do setor agroindustrial. As importações avançaram 0,3%, voltando ao campo positivo e indicando ligeira melhora no fluxo de comércio.

Entre as exportações, os melhores resultados foram da extração de petróleo e gás, veículos automotores, agropecuária e celulose. Nas importações, os destaques ficaram para a extração de minerais não-metálicos, produtos químicos, outros equipamentos de transportes e máquinas e equipamentos.

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Já no acumulado de 2025 até setembro, o PIB registra uma alta de 2,4% na comparação com igual período de 2024. A Agropecuária lidera o avanço com expressivos 11,6%, enquanto a Indústria cresceu 1,7% e os Serviços 1,8%. Entre os segmentos industriais, Extrativismo subiu 7,4%, Construção 1,7% e Transformação 0,5%, enquanto que Eletricidade e gás recuou 0,8%.

No setor de Serviços, Informação e comunicação permanece como destaque, com alta de 6,2%. Atividades financeiras sobem 2,4%, Transporte e armazenagem 2,2%, Atividades imobiliárias 2%, Outras atividades de serviços 2%, Comércio 1,4% e áreas ligadas ao setor público cresceram 0,3%.

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