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O retorno do horário de verão deve ser novamente tema de debate com a troca de governo e ministérios. Entidades ligadas ao setor de turismo, gastronomia e hospedagem encaminharam dois ofícios aos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente solicitando que o horário de verão seja novamente adotado no Brasil. A medida foi suspensa pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019.
Em novembro, logo após as eleições, o então presidente eleito Lula (PT) lançou uma enquete informal no Twitter sobre a volta do horário de verão. Na ocasião, 66,2% dos usuários responderam que gostariam sim que ele fosse novamente aplicado.
O empresário Fábio Aguayo, presidente da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares do Paraná (Feturismo) e diretor da Confederação Nacional de Turismo (CNTur), protocolou os pedidos aos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Marina Silva (Meio Ambiente) na quarta-feira (11).
“A retomada do horário de verão vai aliar o menor consumo de energia elétrica nos meses de pico e ampliar a conscientização do uso racional do uso dos recursos naturais e combater o negacionismo das mudanças climáticas e o aquecimento global”, argumenta a Feturismo no documento.
“A intenção é mostrar a importância do nosso setor econômico estar em consonância com ambos os Ministérios, para não só receber bem os turistas, mas também trabalhar a conscientização deles com folheterias com orientações nos hotéis, pousadas, aeroportos… além de mídias sociais e veículos tradicionais de comunicação como rádio, TVs”, explicou Fábio Aguayo, presidente da Feturismo.
“Nossa preocupação não é só com a volta do horário de verão e o lucro, mas trabalhar integradamente, reforçando ao coletivo os problemas que irão ocasionar estas mudanças climáticas, caso não focarmos na preservação”.
De acordo com a entidade, a volta do horário especial no verão neste ano irá garantir um alento ao setor de turismo, lazer e gastronomia, diante das dificuldades enfrentadas durante a pandemia da Covid-19 nos últimos anos. O ofício lembra que, com o horário de verão, quando os relógios de algumas regiões do país são adiantados em uma hora, as atividades ligadas ao turismo contam com uma hora a mais ainda durante o dia para receber turistas e clientes tradicionais.
“O horário diferenciado não gera somente grandes reduções no consumo de energia elétrica, mas, estimula a adoção de novos hábitos de consumo e reflete positivamente para bares, restaurantes, entretenimento, eventos, meios de hospedagem e outras atividades econômicas”, diz a Feturismo.