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Curtidas, comentários, postagens e um tempo gasto online para divulgar e acompanhar as novidades pessoais e do círculo social. Sim, estamos falando de redes sociais, porém não desta forma que você deve estar imaginando. Antes combatidas nos ambientes profissionais, que viam nelas uma concorrência desleal à atenção e rendimento dos funcionários, as redes sociais passaram a ser incorporadas no dia a dia das empresas, que fizeram delas uma ferramenta para otimizar processos, potencializar resultados e engajar seus colaboradores.

Neste caso, porém, não se fala em Facebook, Instagram ou Whatsapp, mas sim de redes pensadas e programadas para responder às demandas de gestão de pessoas e de recursos das companhias a partir de uma interface amigável e convidativa, e que dá adeus a quase obsoleta intranet.

"Hoje é muito comum o uso de redes sociais corporativas, especialmente por empresas de maior porte e multinacionais, que têm certa dificuldade em deixar todos os colaboradores sempre em contato", avalia Thiago Gaudêncio, gerente executivo da Michael Page. "Este uso representa uma quebra de paradigma, pois as redes deixaram [o status de ferramenta de uso pessoal] para que as empresas as olhassem como algo estratégico e que cria valor para a companhia", acrescenta.

O engajamento, meta tão buscada pelas empresas e cujo alcance depende de variáveis subjetivas, está entre o principal deles. "Ter uma rede social semelhante às que as pessoas estão habituadas gera maior engajamento no uso [e consequentemente com a empresa]. Temos profissionais que trabalham focados em questões como a experiência do usuário e interface da plataforma, trazendo o que aprendemos e vimos de positivo nas redes tradicionais para as das companhias", aponta Alexandre Worliczeck Neto, gerente de relações comerciais da Viasoft, empresa desenvolvedora da rede social corporativa Nela.

Horizontalizar processos, potencializar resultados

A horizontalização no compartilhamento de informações está entre as principais características das plataformas. Isto porque, diferentemente do que ocorre com a intranet ou o e-mail, nos quais o fluxo de informação geralmente vem de cima para baixo, ou seja, da diretoria ou RH para os colaboradores, nelas esta troca ocorre em qualquer direção.

"[As redes nada mais são do que uma] plataforma de comunicação interna com arquitetura voltada à colaboração e troca de informações e conhecimentos dos quais as pessoas precisam para desenvolver suas atividades", detalha Leonardo Camacho, diretor de crescimento da SocialBase, outra empresa que trabalha no desenvolvimento de redes sociais corporativas.

Estas informações, por sua vez, são compartilhadas no feed, o que garante maior agilidade na transmissão da mensagem quando comparado ao e-mail, à intranet ou ao mural, como lembra Claudia Brandelero Groth, coordenadora financeira e de gestão de pessoas da Inobram, indústria de inovação tecnológica que utiliza uma rede social própria há dois anos.

"Antes nós usávamos o e-mail e o mural, mas eles não eram efetivos, pois não atingiam a todos. Não são todos os colaboradores que trabalham no computador e acessam os e-mails diariamente, e era difícil manter o mural atualizado. Com o aplicativo, eles têm acesso às informações no momento que quiserem", acrescenta.

Para se ter uma ideia do volume de informações trocadas, nos últimos dois anos ele somou 24 milhões de mensagens postadas por mais de 15 mil usuários ativos entre as 200 empresas que utilizam o Nela, como exemplifica Neto.

Otimizar gestão é outra vantagem da ferramenta

Dar celeridade e alcance ao fluxo de informações é o principal, mas não o único benefício que as redes sociais corporativas trazem às empresas. Com softwares próprios -- e muitas vezes customizados -- elas podem agregar na plataforma sistemas para a reserva de salas de reunião e de veículos, para o acesso do colaborador a documentos (como holerites), termos e políticas da empresa, para a avaliação de desempenho e envio de feedbacks, além da criação de grupos de trabalho entre diferentes setores para o desenvolvimento e discussão de projetos e tarefas.

"Você unifica todas essas etapas dentro da plataforma e torna mais práticos e simples processos que antes eram descentralizados", resume Neto. "Temos um cliente do setor do varejo, que tem 1,5 mil colaboradores, que reduziu em 80% seu gasto com material impresso, o que representa numa cifra de R$ 128 mil por ano", acrescenta Camacho. "Entre os outros benefícios que a ferramenta traz é a [otimização do tempo do colaborador], uma vez que ela tira do RH ou de outras áreas tarefas que passa a suprir, como a geração de relatórios, por exemplo", completa Claudia.


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