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Landis+Gyr usa sugestões de funcionários para melhorar eficiência e resistir à recessão

Marcelo Machado , CEO da Landis+Gyr, | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Marcelo Machado , CEO da Landis+Gyr, (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Dos gestores aos colaboradores, o conceito de eficiência é levado muito a sério no dia a dia da multinacional Landis+Gyr. Dentro da fábrica, na Cidade Industrial de Curitiba, a empresa mantém uma equipe dedicada exclusivamente a um programa de melhoria contínua. Entre outras funções, a área avalia todas as sugestões e ideias de melhorias dos funcionários e dá o encaminhamento. É regra. Nenhuma ideia passa em branco ou fica sem resposta. E muitas delas já saíram do papel.

Especialista em soluções para redes inteligentes de energia, a multinacional de origem suíça, hoje controlada pela japonesa Toshiba, conseguiu o que poucas empresas fazem na prática: eliminar a burocracia típica do ambiente empresarial para acolher melhor as sugestões dos seus 404 colaboradores, divididos entre Curitiba, Rio de Janeiro e Belém. Exemplo disso foi uma iniciativa da área de Recursos Humanos. Direcionado à coordenação e gerência, o programa para desenvolvimento de boas práticas em liderança e gestão durou quatro meses e deu origem a 17 projetos dos quais 12 já foram implantados.

VÍDEO: Veja os números da Landis+Gyr

Esse esforço para horizontalizar a gestão e melhorar a comunicação e a transparência com os funcionários trouxe ganhos importantes para os dois lados, e foi um dos aspectos que fez que a empresa fosse reconhecida como vencedora do Prêmio Bem Feito no Paraná 2016, uma iniciativa da Gazeta do Povo com apoio técnico do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

Eficiência contra a crise

A Landis+Gyr não passou imune a crise, e nunca escondeu as dificuldades dos seus colaboradores. A retração econômica freou o ritmo de investimentos das companhias em redes inteligentes de energia. A empresa teve de fazer ajustes. Depois de um crescimento satisfatório em 2014 e 2015, neste ano a receita da empresa deve regredir ao nível de 2013. A previsão de retomada do crescimento ficou para depois, em 2018, se o ambiente estiver favorável, ressalta Marcelo Machado, CEO da Landis+Gyr para a América do Sul.

Mas a recessão também fez com que a empresa olhasse ainda mais para dentro de casa. A Landis+Gyr otimizou processos para combater o desperdício de tempo e produtos, reduzir custos e fazer mais com menos. “Após a implementação do processo e das ações de lean manufacturing, como revisão de processos, fluxos e otimizações em geral, obtivemos um aumento de produtividade geral na faixa de 20%”, afirma Alexandre Vidal, diretor de operações da Landis+Gyr.

Filial brasileira

A planta de Curitiba é uma das 11 fábricas da Landis+Gyr espalhadas pelo mudo. Com capacidade para produzir 3,8 milhões de medidores eletrônicos por ano, é dali que saem soluções customizadas para projetos em redes inteligentes em todo o Brasil e na América do Sul. Vidal conta que quando a Toshiba comprou a Landis+Gyr, a primeira fábrica da multinacional suíça que foi indicada para que os japoneses conhecessem foi a de Curitiba. Exceto alguns componentes, 95% dos equipamentos são feitos na planta da CIC, que é referência em novos produtos, organização e bem-estar dos colaboradores, atributos bastante valorizados pelos japoneses.

A empresa começou focada na produção de medidores de energia, mas se reinventou de olho no potencial do mercado. Hoje oferece um pacote completo, de ponta a ponta, com software, instalação, operação e manutenção de todo o sistema. “Nós dominamos a tecnologia de redes inteligentes e isso nos permite atuar como um consultor para os nossos clientes”, afirma Machado.

VÍDEO: Os números da Landis+Gyr

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De origem suíça, a multinacional Landis+Gyr é controlada pela japonesa Toshiba desde 2011.

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