Lawrence Summers, ex-conselheiro econômico da administração Barack Obama, disse neste domingo que há "certamente um risco" de uma nova recessão e criticou os republicanos por se comportarem como covardes (chicken, na gíria local) ao permitirem que o governo se aproximasse de uma moratória (default) sem precedentes.
Larry Summers, ex-chefe do Conselho Econômico da Casa Branca, criticou o rebaixamento do crédito soberano dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Standard & Poor's.
A empresa de rating, que tem sido amplamente criticada por ter dado a bênção aos tóxicos papeis hipotecários antes da crise das hipotecas nos EUA, tem tido um histórico "terrível", disse Summers.
Na sexta-feira, a S&P rebaixou o rating (nota) dos EUA para AA+. Esta é a primeira vez em 70 anos que os títulos do governo norte-americano não são avaliados como AAA.
Summers culpou os republicanos na Câmara pelo impasse prolongado sobre a elevação do teto da dívida do país, acusando-os de permitir que os EUA chegassem perto do calote na semana passada. "Os republicanos se comportaram como covardes em relação à qualidade de crédito da América, e as famílias americanas serão as perdedoras. Perdedoras em termos de juros mais elevados para as hipotecas, perdedoras em termos do que isso vai significar para o emprego", afirmou Summers.
Embora Summers tenha dito que uma nova recessão é possível, ele defendeu os esforços da administração federal para estimular a economia. "Se não tivéssemos buscado estas políticas, estaríamos olhando para outra versão do que ocorreu em 1930", disse, em referência à Grande Depressão.
Summers falou em entrevista ao programa "State of the Union", da CNN, citado pela Dow Jones. As informações são da Dow Jones.
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