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Na mira do Madero

Mesmo na reta final das negociações, donos do Beto Carrero negam venda do parque

Parque temático é o maior da América Latina. (Foto: BigStock)

Mesmo com as negociações para a compra do parque multitemático Beto Carrero World por parte do Grupo Madero estando na reta final, segundo a Gazeta do Povo apurou, os atuais donos do empreendimento, localizado em Penha, no Litoral Norte de Santa Catarina, negam a transação.

Alexandre Murad, presidente do Conselho de Administração do Beto Carrero World e filho de Beto Carrero, se manifestou por meio de nota, nesta terça, negando as tratativas.

“Quanto ao processo de venda que foi divulgado nos últimos dias, esse fato não é verídico. Enquanto herdeiro direto desse empreendimento, que foi o sonho do meu pai e agora é o da atual geração da minha família, reforço que o Beto Carrero World mantém o mesmo cenário societário. A respeito do processo de abertura de capital, ele é algo que pode ocorrer no futuro, porém, não há prazos estabelecidos.”

Alexandre Murad, presidente do Conselho de Administração do Beto Carrero World

As negociações começaram em novembro e tinham, pelo menos, outros dois interessados: os fundos Advent e Carlyle, que detém, desde janeiro, uma participação de 22% no Madero.

Mas a balança pendeu para o lado da rede de sanduíches criada em 2005 pelo empresário Junior Durski, avaliada hoje em R$ 3 bilhões. Com 175 lojas no País, o Madero deve encerrar o ano com 20 novas unidades, contando as marcas Madero, Jerônimo e Steak House.

A investida marca a entrada de Durski fora do segmento da alimentação. Os planos para o empreendimento não foram divulgados. Mas uma coisa é certa: a rede colocará as marcas próprias dentro da praça de alimentação do parque.

Segundo a Gazeta do Povo apurou junto a fontes próximas ao negócio, é justamente a mítica em torno do personagem Beto Carrero que atrai o Grupo Madero ao empreendimento catarinense.

O parque foi inaugurado em 28 de dezembro de 1991, no Litoral Norte catarinense, com alguns brinquedos infantis e duas lonas de circo. Com o passar do tempo, o espaço ganhou novas atrações e áreas temáticas. Beto Carrero se envolveu diretamente com o parque até a sua morte, em 1° de fevereiro de 2008.

Visto como uma companhia com grande potencial no setor, o Beto Carrero recebeu 2,4 milhões de visitantes no ano passado e teve geração de caixa de R$ 119 milhões. Para este ano, porém, a previsão é que haja uma queda desse valor, para R$ 115 milhões. Em abril, o BNDES liberou R$ 50 milhões para financiar expansão do complexo.

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