FMI reduz projeções de crescimento da Eurozona, EUA e Brasil
O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou suas previsões de crescimento para a Eurozona, para os Estados Unidos e para o Brasil, segundo o relatório Previsões Econômicas Mundiais (WEO, siglas em inglês), divulgado nesta terça-feira (20).
A América Latina e o Caribe gozam ainda de perspectivas robustas e crescerão 4,5% em 2011 e 4% em 2012 graças às exportações de matérias-primas e a sua relativa resistência financeira, assegurou nesta terça-feira (20) o Fundo Monetário Internacional (FMI) em suas previsões semestrais.
O Fundo reduziu levemente suas previsões para a América Latina em relação aos 4,6% projetados anteriormente, mas a região mantém "um bom rumo em linhas gerais, apesar de haver obviamente variações de um país para outro", disse o Fundo.
A maior economia da região, o Brasil, teve sua previsão de crescimento para 2011 reduzida de 4,1% para 3,8% (a mesma do México). Para 2012, no entanto, o FMI manteve a previsão de crescimento de 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
"O crescimento do Brasil beneficiou países vizinhos", afirmou a responsável pela divisão de relatórios de perspectivas do Fundo, Petya Koeva Brooks.
Ao mesmo tempo, o FMI reduziu suas previsões de crescimento mundial a 4% para este ano e desenhou um horizonte sombrio, com um risco real de uma severa recaída por causa da crise da dívida pública na zona euro e do crescimento insuficiente nos Estados Unidos.
"As condições financeiras se tornaram de certa maneira mais instáveis com o aumento da sincronização nos mercados mundiais e o aumento da aversão mundial (ao risco), mas o impacto na região foi limitado até agora", explica o documento.
Os exportadores de matérias-primas do Cone Sul conseguem os melhores indicadores: Argentina crescerá 8% este ano, Chile 6,5%, Paraguai 6,4%, Peru 6,2% e Uruguai 6%. "Em outras regiões, incluindo a América Central e o Caribe, a atividade econômica ainda é tênue por causa dos vínculos reais mais estreitos com os Estados Unidos e outras economias avançadas e, em alguns casos, pelos altos níveis da dívida pública", advertiu o texto.
Depois de dois anos de contração, a Venezuela registrará uma cifra positiva, de 2,8% em 2011. A Colômbia crescerá 4,9%, o Equador 5,8% e a América Central em seu conjunto 3,9%.
FMI alerta para perigos
Segundo a análise do FMI, a América Latina tem demonstrado um maior capacidade de manejar os riscos externos nos últimos três anos, mas precisa ficar atento aos elevados fluxos de investimento da região, que podem reverter-se a qualquer momento.
O Fundo também destacou o perigo da dependência da China como foco das exportações da região. "Muitas economias emergentes precisam fazer progressos mais rápidos em termos de fortalecimento fiscal", disse o organismo.
A região deve conter as pressões de aquecimento interno para não se perder na inflação, ressaltou o FMI. "A forte presença de bancos espanhois na região pode trazer riscos também, mas esses riscos devem ser compensados pelo modelo de filiais existente", que mantém uma separação rigorosa entre a matriz e suas filiais.
As taxas de interesse também devem aumentar com toda probabilidade nos países como Argentina, Paraguai e Venezuela, prevê o Fundo. "O México, devido à firmeza na luta contra a inflação, deve manter uma política monetária suave", disse o Fundo.
A inflação crescerá em torno de 6,7% na América Latina e os déficits em conta corrente também aumentarão em linhas gerais em toda a região, diz a análise. "A consolidação fiscal deve continuar, sem deixar de proteger o gasto social e de infraestrutura em toda a região", aconselha o organismo.
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião