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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu a alta no preço dos alimentos nos últimos meses às questões climáticas e espera uma redução a partir de abril, de acordo com os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura). Apenas em fevereiro, a inflação dos alimentos e bebidas foi de 0,95%.
Eles se reuniram com Lula na manhã desta quinta (14), no Palácio do Planalto, para discutir motivos e medidas para conter a alta dos alimentos. Também participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), além de Edegar Pretto, diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Teixeira destacou que, entre os motivos para o aumento dos preços, estão as altas temperaturas no Centro-Oeste e as enchentes no Sul, que afetaram a produção – principalmente de arroz no Rio Grande do Sul – e impactaram na ponta final nos supermercados.
No entanto, afirma, os valores ao produtor já começaram a diminuir e tendem a chegar aos consumidores. “Todas as evidências é de que já baixou [o preço], teve uma diminuição de preço ao produtor e terá uma diminuição ainda maior de preços ao produtor”, pontuou.
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Fávaro citou o exemplo do arroz, cujo preço pago aos produtores caiu de R$ 120 por saca para cerca de R$ 100. Ele expressou confiança de que em abril será possível observar a queda dos preços, principalmente com o avanço da colheita de arroz, destacando a importância de os atacadistas repassarem esses preços ao consumidor.
“A gente espera que, com o caminhar da colheita de arroz, que chegamos a 50%, 60% nos próximos dias, que esse preço ainda ceda um pouco mais, que é a tendência natural. Mas reforçar que é importante que os atacadistas repassem estes preços ao consumidor”, disse.
O ministro afirmou que o governo vai monitorar o mercado, principalmente os atacadistas, e que se a redução não for repassada ao consumidor, pode avaliar medidas com a equipe econômica.
O governo pretende também adotar medidas por meio do Plano Safra para incentivar a produção de alimentos como arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, visando aproximá-los dos centros consumidores. Para isso, serão estimulados plantios em regiões próximas aos grandes centros, como no Centro-Oeste e no Nordeste, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) garantirá renda aos produtores que optarem por cultivar esses alimentos.
Além disso, o governo voltou a comprar milho para auxiliar no controle de preços, como Lula já havia adiantado, ainda durante a campanha eleitoral de 2022, que pretendia fazer. Fávaro também confirmou que Lula terá encontros regulares com representantes do agronegócio para discutir questões e demandas do setor.
O primeiro está previsto para a próxima semana e será com o setor de fruticultura e produção de sucos, com a intenção de estreitar os laços entre o governo e o agronegócio e buscar soluções para os desafios enfrentados pelo setor.