O governo esperar implantar 24 novas hidrelétricas entre 2016 e 2020. Essas usinas irão agregar ao sistema mais 18.185 megawatts (MW) de eletricidade, volume superior ao que pode ser produzido por Itaipu, a maior usina em funcionamento no País. Os dados constam da versão preliminar do Plano Decenal (2011-2020) de Expansão de Energia (PDE), que foi colocado em consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia.
De acordo com o documento, os investimentos previstos para ampliar a oferta de energia elétrica no País até 2020 devem somar R$ 190 bilhões. Desse total, cerca de R$ 100 bilhões serão postos em novos empreendimentos, sendo 55% em hidrelétricas e 45% em projetos de fontes renováveis, como geradoras eólicas, produção a partir de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Na área de transmissão, a estimativa de investimentos para o período é de R$ 46 bilhões.
Do total de usinas previstas para entrar em operação entre 2016 e 2020, oito devem ser leiloadas ainda este ano. Até o momento, entretanto, o governo tem a licença prévia para apenas duas dessas usinas: Cachoeira e Estreito Paranaíba, que juntas poderão produzir até 119 MW de energia. A maior hidrelétrica prevista para entrar em operação até 2020 é a de São Luiz do Tapajós, que terá uma capacidade máxima de geração de 6.133 MW. A estimativa prévia do governo é colocar essa usina em leilão em 2012.
A versão preliminar do PDE não prevê investimentos em novas usinas térmicas (movidas a carvão, óleo, gás ou fissão nuclear). "A expansão da geração com fontes nucleares não contemplou neste plano outras usinas além da de Angra 3, tendo em vista, principalmente, os prazos necessários para a implantação de novas centrais", afirma o governo no texto. Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu a possibilidade de não construir as quatro usinas nucleares que estão em estudo.
Petróleo e gás
O setor de petróleo e gás deve receber R$ 686 bilhões em investimentos ao longo do horizonte de 10 anos previstos no PDE. "Espera-se que no próximo decênio a produção nacional de petróleo e gás natural seja duplicada, com a contribuição do pré-sal atingindo cerca da metade dessa produção até 2020", afirma o governo no documento.
No segmento de biocombustíveis, a projeção de investimentos soma R$ 97 bilhões. "Estima-se que a demanda de etanol será plenamente atendida pela expansão da oferta, através do aumento da área de plantio de cana, da ampliação e implantação de unidades produtoras, bem como do uso de novas tecnologias, que aumentarão a eficiência de toda a cadeia produtiva. Neste contexto, vislumbram-se empreendimentos direcionados a facilitar e reduzir os custos de transporte e armazenagem de etanol", argumenta o governo no texto.
O PDE ficará em consulta pública até 1º de julho. A expectativa é que a versão final seja publicada ainda no segundo semestre do ano.
Menos comida na mesa: preço de alimento supera inflação e sobe quase 50% em quatro anos
Manifestantes lotam Praça da Liberdade para pressionar Pacheco a pautar impeachment de Moraes
Israel lança ataque em grande escala contra rebeldes houthis no Iêmen
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião