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Rombo nas contas do governo

Governo federal acumula rombo de R$ 100 bilhões em oito meses, aponta Tesouro Nacional

Governo federal acumula rombo de R$ 100 bilhões em oito meses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, nesta quinta-feira (3), as contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 100 bilhões, de janeiro a agosto deste ano.

O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam a arrecadação com tributos e impostos. Já o superávit ocorre quando as receitas superam as despesas.

O rombo de R$ 100 bilhões foi registrado apesar da arrecadação recorde do governo nos oito primeiros meses do ano. Segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação bateu R$ 1,38 trilhão, uma alta de 8,4% para o período.

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Ainda, segundo os dados, o déficit melhorou um pouco em relação ao acumulado no mesmo período de 2023, que foi de R$ 105,8 bilhões. Ainda assim, o déficit continua elevado este ano.

No mês de agosto de 2024 houve déficit primário de R$ 22,4 bilhões, frente a déficit de R$ 26,7 bilhões em agosto de 2023.

Aumento das despesas

O resultado negativo nas contas do governo foi impulsionado pelo aumento das despesas totais, que somaram R$ 1,48 trilhão, uma  expansão real de 7,1% nos oito primeiros meses deste ano.

Conforme o relatório do Tesouro Nacional, a despesa total apresentou elevação de R$ 98,7 bilhões (7,1%) em termos reais frente ao acumulado dos oito primeiros meses de 2023.

As principais variações foram:

  • Benefícios Previdenciários - aumento de R$ 21,5 bilhões;
  • Benefícios de Prestação Continuada da LOAS/RMV - aumento de R$ 10,4 bilhões;
  • Créditos Extraordinários - aumento de R$ 11,1 bilhões;
  • Sentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital) - aumento de R$ 12,9 bilhões e;
  • Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Fin. - aumento de R$ 31,2 bilhões.

Recentemente, o governo estimou que fechará o ano com déficit próximo de R$ 28 bilhões, no limite inferior da tolerância da meta fiscal (a meta é de déficit zero, com tolerância de até 0,25% do PIB).

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