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Brasil

Governo já gastou cerca de R$ 176 bi contra crise financeira

O governo já gastou aproximadamente R$ 176 bilhões para prover liquidez ao mercado e combater os efeitos da crise financeira no Brasil. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o BC injetou US$ 46,5 bilhões (R$ 106 bilhões, pela cotação de sexta-feira) na realização de leilões de dólares e na venda da moeda no mercado à vista, além de empréstimos voltados a linhas de comércio exterior. Nas últimas semanas, o governo já havia gasto cerca de R$ 70 bilhões para ajudar a restabelecer o crédito em outros setores.

De acordo com Meirelles, do total de US$ 46,5 bilhões usados pelo governo para tentar conter a alta do dólar, US$ 30 bilhões foram destinado pelo BC para a realização de leilões de swaps (contratos de dólar). Para empréstimos voltados a linhas de comércio exterior os recursos somam US$ 4,1 bilhões. No caso de vendas de dólares com compromisso de recompra o total é de US$ 5,8 bilhões e para o mercado à vista, de US$ 6,1 bilhões.

O presidente do BC enfatizou que quando atua no mercado a função da autoridade não é a de controlar a tendência da taxa de câmbio. "Este é um tipo de ação que no passado fracassou, inclusive no Brasil", comentou. O presidente do BC lembrou que quando adquiria dólares no mercado o propósito da instituição era o de acumular reserva que hoje, segundo ele, são "extraordinariamente importante".

Atualmente, o intuito do BC nas atuações é o de prover liquidez ao mercado. Dentre as operações citadas por Meirelles, ele enfatizou que a injeção de dólares à vista no mercado é a única que afeta as reservas internacionais, mas que, apesar disto, elas ainda são superiores a US$ 200 bilhões. O presidente do BC participou do IV Congresso Paulista de Jovens Empreendedores, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Compulsório

Além desse total de R$ 176 bilhões, o governo já injetou R$ 56,068 bilhões por meio da liberação dos depósitos compulsórios na economia desde setembro, segundo relatório divulgado no início de novembro pela autoridade monetária.

Apesar das medidas, os bancos mantinham R$ 215,947 bilhões no BC na última sexta-feira, 14. Meirelles já havia sinalizado que, se necessário, poderiam ser anunciadas novas liberações desses recursos para ajudar a melhorar a liquidez do mercado brasileiro.

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