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O Great Place to Work (GPTW) premiou nesta quinta-feira (17) as 100 melhores empresas para trabalhar no estado de São Paulo em 2021, sendo metade localizada na Região Metropolitana e a outra metade no Interior. Esta foi a terceira edição regionalizada em São Paulo e reuniu a inscrição de 1.046 empresas, um aumento de 28% em relação à premiação anterior. No total, elas empregam 1,324 milhão de pessoas.
A premiação de São Paulo não é segmentada apenas por região, mas também pelo porte das companhias. Assim, foram premiadas na Região Metropolitana 20 empresas de grande parte, 20 médias e 10 pequenas. No Interior, o ranking elencou 20 empresas pequenas, 20 médias e 10 grandes.
Veja a lista completa das 100 empresas do ranking
“Estar nesse ranking é um diferencial muito grande. Existem muitas empresas e por isso é muito concorrido. E estar entre os premiados de São Paulo faz com que essas empresas saiam na frente”, comenta o diretor de relacionamento e consultoria do Great Place to Work, Victor Garcia.
O ranking regional é especialmente importante para as empresas que estão no Interior, pois conseguem ganhar visibilidade no mercado, colocando-se, inclusive, ao lado de companhias consolidadas e com vários anos com o selo do GPTW. Além disso, é uma forma de incentivar outras empresas do interior a seguir as melhores experiências em gestão de pessoas.
“É uma lista que vem crescendo e que inspira outras empresas a seguirem o mesmo caminho. Quando uma empresa do interior faz parte do ranking de São Paulo, todas as empresas do interior ficam na vitrine. E conseguem isso em um nível de excelência de competividade, aumento o poder de atração de talentos”, diz o embaixador e diretor regional do Interior de São Paulo do Great Place to Work, Hilgo Gonçalves.
Sem contar que a pandemia mudou a questão geográfica do trabalho. Hoje, a busca por qualidade de vida está mais presente e agregar isso ao trabalho significa, muitas vezes, encontrar uma posição fora dos grandes centros urbanos.
“As pesquisas mostram que as pessoas buscam qualidade de vida, convergência de propósitos e oportunidade de crescer e se desenvolver. E isso elas podem encontrar em todos os lugares”, completa Gonçalves.
Humanização e diversidades nas empresas
A terceira edição Great Place to Work de São Paulo deixa evidente que algumas questões, como qualidade de vida, estão no coração das melhores empresas para trabalhar. De forma mais ampla, a preocupação com o ser humano é ponto comum a todas essas companhias. Ao colocarem as pessoas no centro, elas saem na frente e conseguem atrair ainda mais talentos. Isso, aliás, é uma resposta às próprias tendências das pessoas de buscarem mais do que apenas um trabalho. Elas querem sentir-se parte e encontrar uma convergência de propósitos.
“As pessoas não buscam mais só um trabalho. Elas querem um sentido. O que nos trouxe até aqui em termos de gestão de pessoas não será o que nos levará para frente. As empresas que já estão no GPTW colocam as pessoas no centro da gestão”, explica Garcia. “Salários e benefícios não são mais fatores de retenção. O que atrai o colaborador é a experiência como um todo, o quanto ele vai se desenvolver e aprender e como os valores dele estão alinhados com os da empresa”, reforça.
“Hoje as pessoas trabalham para ganhar dinheiro, ser feliz e fazer sentido. As melhores empresas para trabalhar são as que estão focadas em fazer o bem para a sociedade. Primeiro cuidam das pessoas para depois olharem para o resultado”, complementa Gonçalves.
Não por acaso que entre as empresas que estão no ranking do GPTW de São Paulo, há indicadores comuns sobre essa humanização, como por exemplo:
- 97% dos funcionários dizem ter orgulho de contar a outras pessoas que trabalha naquela empresa;
- 97% dizem que, quando entraram na empresa, fizeram sentir-se bem-vindo; e
- 98% dizem que as pessoas são bem tratadas independentemente da cor, etnia, orientação sexual, gênero ou idade.
Este último item, aliás, tem sido cada vez mais determinante para o ranking, que deixa claro que não há mais espaço para discriminação dentro das companhias. O tema diversidade é tratado com seriedade e não apenas como algo passageiro. Ao contrário, é algo que já está presente e não tem volta. E é o que vai determinar o sucesso das empresas. Sem diversidade, o caminho é o fracasso.
“Não haverá futuro para as empresas que não tiverem um olhar para todos os públicos. As empresas que não trabalharem verdadeiramente a diversidade e entenderem que isso é parte da sociedade, não irão para frente. As pessoas não vão querer mais esse tipo de empresa”, analisa Garcia.
Ao buscarem uma convergência de propósitos, as pessoas vão escolher as empresas também por esse viés. Ou seja, as empresas que têm a diversidade como prioridade terão os melhores talentos. “Quando há competição por talentos, eles vão para empresas com diversidade, inclusão e que valorizam as pessoas. São empresas onde as pessoas têm voz e podem ser elas mesmas. Assim contribuem com mais ideias e participação, e isso muda a empresa”, finaliza Gonçalves.
