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ENSINO

Grupo Positivo mira aquisições de escolas e universidades para crescer

Vice-presidente do grupo, Lucas Guimarães,  diz que o foco é em estabelecimentos de ensino da região Sul. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Vice-presidente do grupo, Lucas Guimarães, diz que o foco é em estabelecimentos de ensino da região Sul. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Perto de chegar a R$ 1 bilhão de receita líquida, o Grupo Positivo mira aquisições para crescer mais rapidamente. Neste ano o grupo comprou o primeiro estabelecimento de ensino dos seus quase 45 anos de existência. O colégio Posiville, em Joinville (SC), era dirigido por professores e ex-professores da própria rede, mas passou a fazer parte da carteira do grupo em julho. O negócio funcionou como teste para o Positivo entender como funcionava uma aquisição e partir para as próximas. Com 36 mil alunos no ensino básico e superior, o grupo curitibano agora tem como meta chegar a 66 mil alunos de três a cinco anos.

O Positivo afirma ter no radar diversas instituições de ensino com potencial de compra, entre conveniadas (que utilizam como o método de ensino do grupo) e não-conveniadas. O foco é crescer nos três estados do Sul, onde o Positivo já é a maior empresa de educação em receita líquida - R$ 920,5 milhões em 2015. Filho do Oriovisto Guimarães, um dos fundadores e comandante do Positivo nas últimas décadas, o vice-presidente do grupo, Lucas Guimarães, afirma que o trabalho de garimpagem está mais maduro entre instituições de ensino básico (que engloba infantil, fundamental e médio), mas que não descarta oportunidades no ensino superior.

“Em 2017 o grupo deve focar nestas aquisições, não deixando de olhar para o crescimento orgânico. Ainda que as aquisições venham compor, o orgânico ainda é muito mais importante para o grupo. Temos um investimento muito mais substancial nele do que nas aquisições”, diz. Contudo o vice-presidente reconhece que as aquisições são uma decisão mais rápida para o grupo aumentar seu escopo de atuação, hoje basicamente focado na capital paranaense.

Ao falar dos planos de expansão, Guimarães destaca que tudo está sendo feito com “prudência”, apesar da meta ousada de crescer 83% no número de alunos em até cinco anos. “Numa instituição de ensino você tem que respeitar muito o caminho dela. Você não pode chegar lá e implantar toda uma gestão diferente como você pode fazer numa fábrica. Aquilo tem uma comunidade envolvida, então você tem que ser muito sensível a isso”, diz.

Consolidação e concorrência

O setor de educação, principalmente na superior, vem sendo marcado por uma série de aquisições que criaram gigantes como a Kroton e Anima. A primeira, maior empresa de educação superior privada do país, anunciou em julho a compra da vice-líder Estácio, em uma operação avaliada em cerca de R$ 5,5 bilhões.

O grupo curitibano não se considera ameaçado pela movimentação dessas grandes empresas que têm tomado conta do mercado nacional. Por focar seus principais negócios em Curitiba, Guimarães afirma que o Positivo é bem protegido. “Temos uma marca muito forte, temos qualidade, estamos há muitos anos no mercado. Então não temos esse medo. Desde que obviamente a gente execute bem e continue nos diferenciando no mercado”, diz.

A solidez do grupo aparece no leve crescimento de 5,4% no número de alunos na Universidade Positivo neste ano em relação a 2015, apesar de a crise ter atingido em cheio a educação superior por conta do aumento do desemprego e a limitação nos recursos do Fies. “Eu considero muito esse crescimento no fato de termos lançado cursos e sites novos, como o do Centro. Se tivéssemos ficados paradinhos, tínhamos encolhido”, afirma. Contudo, o período noturno sofreu uma queda de 5,6% no número de estudantes matriculados.

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