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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, criticou o ritmo de crescimento da economia brasileira nos últimos 10 anos como sendo abaixo da média mundial e afirmou que o país “não pode se conformar” com isso. A crítica foi feita durante o lançamento do programa “Acredita”, nesta sexta (18), voltado à concessão de crédito a pessoas físicas e empresas principalmente de famílias de baixa renda e beneficiários de programas sociais.
De acordo com Haddad, este programa vai ajudar no crescimento do PIB brasileiro, que tem previsão de fechar o ano em torno de 3%.
“O Brasil não pode se conformar de crescer abaixo da média mundial, como aconteceu nos 10 anos que antecederam a posse do presidente Lula agora em 2023”, disse Haddad no evento realizado em São Paulo.
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Ele, no entanto, não citou que Lula foi sucedido por Dilma Rousseff (PT) entre os anos de 2011 e 2016, quando foi impedida de continuar na presidência da República pelas pedaladas fiscais.
Para Haddad, o Brasil precisa crescer o mesmo ou mais do que a média mundial, mas não ficar para atrás. Ele afirmou que, apenas neste governo, o PIB deixou a 12ª posição entre os maiores do mundo e já está na 8ª.
O ministro citou que esse crescimento é um conjunto de uma série de medidas que vêm sendo tomadas, como a inclusão de mais pessoas no ensino superior, “comida na mesa do trabalhador”, linhas de crédito voltadas aos trabalhadores e aos empreendedores, entre outros – “não existe bala de prata”.
“Tudo isso compõe um ecossistema adequado ao empreendedor e ao trabalhador. Precisamos de mais confiança no Brasil”, disse citando o programa Acredita.
Fernando Haddad afirmou que é preciso fazer o país crescer de forma sustentável, sem umsalto de 3% num ano e 1% no seguinte – uma alusão repetida por Lula pouco depois: “tirar o Brasil da mesmice que ele fica, em que avança um pouco e desce”.
O programa lançado nesta manhã é um apanhado de ações já em vigor voltadas para diversos segmentos da sociedade, com foco especial em quem enfrenta maior dificuldade de acesso ao crédito, como trabalhadores informais, famílias de baixa renda e mulheres empreendedoras (veja lei na íntegra).
Um dos principais eixos é o microcrédito orientado oferecido através da iniciativa “Acredita no Primeiro Passo”, que atende usuários do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
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Essa linha de crédito é voltada especialmente para trabalhadores informais e pequenos empreendedores, com um destaque para as mulheres, que representam 73% das cerca de 30 mil operações já realizadas em 11 estados. O governo tem a meta de realizar 1,25 milhão de transações de microcrédito até 2026, com um valor médio de R$ 6 mil por operação.
Para Microempreendedores Individuais (MEIs) e microempresas, o programa oferece a linha ProCred 360, que proporciona taxas de juros significativamente mais baixas do que as praticadas no mercado. De acordo com dados do Banco Central, as taxas de crédito para microempresas podem ultrapassar 40% ao ano, enquanto a taxa máxima do ProCred está limitada a 15,75% ao ano.
Já o Desenrola Pequenos Negócios busca renegociar débitos com descontos que podem chegar a 95%, permitindo que os empreendedores regularizem a situação e voltem a ter acesso ao crédito, fortalecendo as operações ou expandindo os negócios.
Outro destaque do programa, segundo o governo, é a atuação do Sebrae que, apenas neste ano, já viabilizou R$ 2 bilhões de crédito por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE). Com esse montante, espera-se que até R$ 30 bilhões em crédito sejam liberados para pequenos negócios, alavancando o crescimento do setor.