O mercado acionário brasileiro encerrou em queda de pouco mais de 1% nesta segunda-feira, em um ambiente de maior aversão a risco em meio à instabilidade na Líbia.
A bolsa paulista operou sem a bússola de Wall Street, com as bolsas nova-iorquinas fechadas pelo feriado devido ao Dia dos Presidentes.
O Ibovespa - índice que reúne as principais ações brasileiras - fechou com variação negativa de 1,19%, a 67.258 pontos, após ter subido nos três pregões anteriores.
O giro financeiro do pregão foi de 6,62 bilhões de reais, dos quais 2,29 bilhões de reais foram referentes ao exercício de opções sobre ações.
Os maiores exercícios de opções foram, respectivamente, de venda de CSN a 34,50 e 33,50 reais.
Na Líbia, importante produtora de petróleo, manifestantes de oposição faziam protestos contra o governo do líder Muamar Kadafi. Os conflitos alimentaram temores sobre o suprimento de energia e derrubaram as bolsas de valores europeias, com desvalorização de 1,3% do FTSEurofirst.
No Ibovespa, os setores de mineração e siderurgia e bancário foram os que mais tiveram peso negativo.
Em termos percentuais, as maiores quedas da carteira teórica ficaram com representantes do setor imobiliário: Cyrela Brazil Realty perdeu 3,90%, a 17,74 reais, e Gafisa, com baixa de 3,73%, saindo a 10,33 reais.
As petrolíferas Petrobras e OGX amorteceram a queda do Ibovespa, acompanhando a alta de mais de 5 dólares no preço do barril da commodity nos Estados Unidos, para acima dos 91 dólares.
As preferenciais da Petrobras avançaram 0,11%, para 27,40 reais, e as ordinárias da OGX tiveram ganho de 3,75 por cento, a 18,80 reais. Pela manhã, a OGX informou ter encontrado petróleo em um bloco na Bacia de Campos.
Ações de companhias elétricas também foram na contramão do mercado de maneira geral. O setor é considerado defensivo por ser bom pagador de dividendos e menos suscetível aos ciclos econômicos.
As ações preferenciais da Cemig subiram 1,39 por cento, a 27,64 reais, e as ordinárias da Light exibiram alta de 1,71%, a 27,31 reais.
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