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O economista e professor Ilan Goldfajn está na lista dos cinco candidatos que disputam a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Goldfajn foi indicado para o cargo pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em outubro. Os nomes dos concorrentes foram divulgados pela direção da instituição financeira neste sábado (12).
O presidente do BID será definido na Assembleia de Governadores, que ocorre no dia 20 de novembro. Os governadores do BID geralmente são ministros da Fazenda ou outras autoridades ligadas às áreas econômicas dos países-membros do banco. Antes disso, em reunião virtual, os governadores entrevistam os candidatos indicados.
Goldfajn é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele foi presidente do Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019 e diretor de Política Econômica da instituição entre 2000 e 2003.
Ao justificar a indicação, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o “candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica”.
PT tentou barrar indicação
A indicação foi criticada pelo PT, que tentou barrar o nome de Goldfajn. O ex-ministro da Fazenda em gestões petistas, Guido Mantega, que integra a equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, declarou em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (11), que Bolsonaro “tentou dar mais um golpe” com a indicação, feita na última semana de outubro, próximo do segundo turno das eleições presidenciais.
"Não estou dizendo que (Goldfajn) seja um mau candidato, mas o Bolsonaro tentou dar mais um golpe, criar um fato consumado e fazer um presidente do BID, a meu ver, de forma equivocada”, declarou Mantega. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também se posicionou contrária, afirmando que seria “de bom tom” se o BID adiasse a escolha do presidente da instituição.
O ex-ministro Henrique Meirelles criticou a tentativa do PT de barrar a indicação de Goldfajn. Em declaração à Folha de S. Paulo, Meirelles disse que o indicado é “extremamente qualificado, tem a experiência necessária para esse cargo, serviu a governos diversos e a organismos internacionais. Não é representante de uma facção política, e isso é muito positivo".
Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e Caribe.
Confira a lista de indicados à presidência do BID:
- Cecilia Todesca Bocco foi indicada pela Argentina;
- Gerard Johnson foi indicado por Trindade e Tobago;
- Gerardo Esquivel Hernández foi indicado pelo México;
- Ilan Goldfajn foi indicado pelo Brasil;
- Nicolás Eyzaguirre Guzmán foi indicado pelo Chile.
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