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Inflação de setembro sobe com energia elétrica e encosta no teto da meta em 12 meses

Inflação setembro
IPCA de setembro subiu para 0,44%, com o acumulado em 12 meses chegando a 4,42%, próximo ao teto de 4,5%. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo/arquivo)

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A inflação do mês de setembro calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu e ficou em 0,44% de acordo com dados do IBGE divulgados na manhã desta quarta (9). O aumento foi causado principalmente por conta das contas de luz no mês, que passaram a ter uma cobrança extra da bandeira tarifária vermelha no patamar 1.

A tarifa extra passou a ser cobrada por causa da grave estiagem que atinge grande parte do país e faz o governo ter que contratar a geração de energia de usinas térmicas, que cobram mais caro. A subida da inflação pela medida já era esperada e pesou em 5,36% no cálculo.

Apesar do aumento, o IPCA de setembro ficou 0,02% menor do que no mês de agosto. Mas, no acumulado de 12 meses, já soma 4,42% e encosta no teto da meta definida pelo governo, de 4,5% – um dos indicadores usados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa básica de juros.

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De acordo com André Almada, gerente da pesquisa, a mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, “foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100kwh consumidos”.

O setor da Habitação, que compreende as contas de luz, foi o que mais pesou no cálculo da inflação de setembro e respondeu por 1,8% do índice. O setor de alimentos e bebida veio na sequência (0,5%), interrompendo uma sequência de dois meses de queda.

Segundo o IBGE, a alimentação em domicílio peso em 0,56%, enquanto que a fora de casa foi de 0,34%, com destaque para o aumento dos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).

“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, completou Almada.

Entre as capitais, a inflação pesou mais no bolso dos moradores de Goiânia (1,08%), Curitiba (0,77%) e Rio Branco (0,75%). São Paulo teve uma variação positiva de 0,36%, Rio de Janeiro de 0,53% e Belo Horizonte de 0,51%.

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