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Unidade fabril da Foxconn na China: empresa é uma das maiores fabricantes de componentes eletrônicos do mundo, fornecendo produtos para Apple, Nokia e BMW. Faturamento em 2009 foi de US$ 61,5 bilhões | Bobby Yip/Reuters
Unidade fabril da Foxconn na China: empresa é uma das maiores fabricantes de componentes eletrônicos do mundo, fornecendo produtos para Apple, Nokia e BMW. Faturamento em 2009 foi de US$ 61,5 bilhões| Foto: Bobby Yip/Reuters

Qualidade do investimento é prioridade

O governo brasileiro está preocupado em melhorar a qualidade dos investimentos chineses no Brasil por meio de agregação de valor e transferência de tecnologia.

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Países fecham 20 acordos de cooperação

O Brasil e a China fecharam cerca de 20 acordos de cooperação durante visita da presidente, Dilma Rousseff, ao país asiático, disse a agência de notícias chinesa Xinhua. O presidente chinês, Hu Jintao, e a presidente brasileira assinaram um comunicado conjunto, após se reunirem na tarde de ontem (horário local), em Pequim, no qual afirmaram que os dois países continuarão a promover a cooperação comercial e de investimento.

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Análise

Tablets têm mercado promissor

Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, especializada no setor, o mercado de tablets deve repetir o avanço verificado nos últimos anos com celulares e smartphones. "Hoje esse mercado é incipiente. Esse ano as vendas não devem superar 100 mil unidades, mas esse setor representa um grande potencial para os próximos", afirma. Segundo Tude, é provável que a Foxconn monte aqui modelos não apenas da Apple, mas também aparelhos de outras marcas – a companhia de Taiwan também monta equipamentos para a Intel e a Sony – para justificar os pesados investimentos. Segundo ele, a tendência de produção local vem ganhando força entre as grandes companhias, em busca não apenas de redução de custos, mas também da facilidade de disponibilidade de aparelhos para a venda. O dólar facilita o suprimento de peças e componentes importados que são usados na montagem dos equipamentos. Na sua avaliação, outras empresas, como a Samsung e a Research in Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, poderiam seguir caminho semelhante ao da Foxconn. A Positivo Informática anunciou, no ano passado, que pretende lançar seu tablet no segundo semestre, a tempo de aproveitar as vendas de Natal.

Cristina Rios

Pequim - A empresa taiwanesa Foxconn investirá US$ 12 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos para produzir displays (telas), informou ontem a presidente Dilma Rousseff. A empresa, que já tem cinco fábricas no país, também anunciou que montará iPads em território brasileiro a partir de novembro. A montagem dos tablets é independente aos investimentos e será realizada nas atuais unidades da empresa no Brasil.

O projeto da Foxconn envolve a contratação de 100 mil funcionários, do quais 20 mil serão engenheiros, explicou o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vem negociando com a empresa há três meses. Há planos ainda para a construção de uma "cidade inteligente" para instalar a fábrica e os funcionários da empresa, fornecedora de companhias como Apple, Nokia e BMW, entre várias outras. Mercadante disse que, se concretizado, será o investimento estrangeiro que mais terá gerado empregos na história do país.

O investimento foi anunciado pelo presidente e fundador da Hon Hai (controladora da Fox­conn), o taiwanês Terry Gou, durante reunião com Dilma. O encontro deveria ter ocorrido semanas atrás no Brasil, mas acabou adiado devido ao terremoto japonês, que afetou a cadeia de produção da empresa.

A Foxconn é uma das maioras fabricantes de componentes eletrônicos do mundo. Em 2009, seu faturamento chegou a US$ 61,5 bilhões. Apenas no sul da China, tem cerca de 400 mil funcionários.

A caminho

Um carregamento com componentes do iPad já está a caminho do Brasil em contêineres embarcados a partir da Ásia, que hoje concentra a fabricação dos produtos Apple. A previsão de chegada é de até dois meses. Estudo da Apple mostra que há demanda por ao menos 5 mil iPads mensais no Brasil. Se combinadas com incentivos, até questões sensíveis, como mão de obra – 4,5 vezes mais cara que na China –, são resolvidas.

Centro de pesquisa

Na segunda-feira, o presidente da empresa de telecomunicações da Huawei, Ren Zhengfei, informou que a empresa quer abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento de até US$ 350 milhões na região de Campinas (SP). Ontem a chinesa ZTE, empresa de telecomunicações, informou em nota que oficializou uma parceria com a prefeitura de Horto­lândia (SP), na região de Campinas, para a construção de um polo industrial na cidade.

Dilma inaugurou ontem, na capital chinesa, o Diálogo de Alto Nível Brasil-China sobre Ciência, Tecnologia e Inovação. Diplomatas brasileiros disseram que tais temas são fundamentais para o desenvolvimento, e que Pequim reconheceu em seu Plano Quinquenal a necessidade de inovar e produzir qualidade para seu mercado interno e de exportação.

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