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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça (8) que conversou com os dirigentes das três principais agências de classificação de risco do mundo – a Moody’s, a Fitch e a S&P – para saber quem elas consultavam no país para avaliar a elaboração da nota de crédito.
Na semana passada, a Moody’s elevou a nota do Brasil para apenas um degrau abaixo do chamado “grau de investimento”, uma espécie de selo de bom pagador para investimentos estrangeiros. No entanto, as outras duas concorrentes afirmaram que não têm previsão de elevar a nota do Brasil.
“Na semana passada em Nova York eu chamei as três empresas de rating para conversar. Acho que nunca teve um presidente da República chamado empresa de rating – aquelas empresas que fazem avaliação avaliação pra dar investimento grande para o nosso país. E eu queria saber com quem vocês conversam no Brasil pra avaliar, porque nunca ninguém me procurou”, questionou.
O questionamento às agências foi citado durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que instituiu o marco regulatório da Lei do Combustível do Futuro, que prevê investimentos na ordem de R$ 260 bilhões no agronegócio e na indústria, em programas de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel.
Lula emendou a dúvida às empresas questionando se elas se baseiam em editoriais de jornal que, segundo ele, nunca publicam uma “nota boa” sobre o governo, e nem com adversários de curto prazo. “Porque hoje tem pouquíssimo país com a estabilidade e crescimento que vai chegar a 3% que tem o Brasil”, pontuou no questionamento.
Ele ainda afirmou que o país tem a estabilidade e previsibilidade necessárias para investimentos estrangeiros e que os indicadores econômicos e novas políticas públicas de desenvolvimento – como a do biocombustível – farão do Brasil o maior produtor mundial deste tipo de produto.
O presidente afirmou que, quando começou a planejar o desenvolvimento da produção de biocombustíveis ainda durante o primeiro mandato, viajava pelo mundo com um pacote de mamonas e para a geração de combustível renovável. “Eu tinha orgulho de dizer que o Brasil seria insubstituível e que ninguém poderia competir com o Brasil”, pontuou.