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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar nesta quinta-feira (18) a privatização da Eletrobras feita no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e classificou a venda da estatal como um "escárnio". A declaração foi feita durante um evento em Salvador, para formalizar a implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.
“A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio nesse país que se fez em um setor estratégico como o setor de energia”, disse Lula ao afirmar que “há muita gente nesse país que teima em retroceder”.
Na ocasião, Lula ainda ressaltou uma reunião que teve com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o “futuro econômico desse país, a perspectiva do que está acontecendo no mundo”.
A Eletrobras deixou de ser controlada pela União em junho de 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Crítico da iniciativa, Lula venceu a eleição quatro meses depois, prometendo rever o processo de privatização e defendendo uma retomada do protagonismo que as estatais tiveram nos governos do PT.
No ano passado, para tentar reverter a privatização da Eletrobras, o governo Lula ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para elevar seu poder de voto em decisões da empresa. No fim do ano passado, o ministro do STF Kassio Nunes Marques encaminhou o processo a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF).
O governo Lula até que tentou, mas não conseguiu interferir politicamente na gestão da agora privatizada Eletrobras. Em uma assembleia geral extraordinária realizada na última quinta-feira, 11 de janeiro, 95% dos acionistas da ex-estatal votaram pela incorporação de Furnas, uma das subsidiárias da empresa.