Mais da metade das empresas listadas no mercado de capitais da China suspenderam suas ações em meio à contínua desvalorização das bolsas chinesas e ameaças de uma bolha acionária, segundo dados divulgados pela mídia local nesta quarta-feira (8). Um total de 1.430 empresas anunciaram a suspensão de suas de ações até agora. O número de companhias com capital aberto no país é de 2.808.
Boa parte das empresas que anunciaram a suspensão dos negócios é listada na Bolsa de Shenzhen, em que são negociados papeis de empresas de tecnologia. Essas companhias apresentaram crescimento mais rápido que as dos demais setores no início do ano e também têm sofrido uma queda mais acelerada recentemente.
Mas o movimento não foi capaz de conter a queda nos preços das ações remanescentes. A Bolsa de Shenzhen caiu 2,5% nesta quarta-feira, após queda de 5,3% na véspera. Já a Bolsa de Xangai recuou 5,9%, depois de 1,3% de queda no dia anterior.
Por influência da China, dólar segue em alta e Bolsa recua
Moeda americana acelera alta e, ao meio dia, era cotada a R$ 3,2300. Ibovespa segue em queda de 0,26% com 52.208,58 pontos
Leia a matéria completaVolatilidade
Muitas empresas justificaram a decisão citando “questões relevantes” em comunicados às bolsas locais, sem entrar em detalhes. Analistas avaliam, porém, que as companhias, com essa atitude, estão tentando evitar a volatilidade do mercado. A fabricante de plástico Zhejiang Great Southeast foi taxativa no documento protocolado na Bolsa de Shenzhen: “suspendemos nossas ações devido à incerteza da situação, para evitar uma não usual volatilidade de preços e proteger o interesse dos investidores”
De acordo com o site CNN, as ações das companhias listadas na China podem ficar suspensas por meses ou anos, sempre sujeitas à aprovação da autotoridade reguladora local. Caso as ações caiam mais de 10%, sua negociação é automaticamente suspensa, mecanismo conhecido como circuit breaker.
A Bolsa de Xangai caiu mais de 30% desde 12 de junho. O governo tem tomado medidas para evitar novas quedas, em vão.
Bolsa de Nova York suspende negociações por “falhas técnicas”
Outras empresas americanas também registraram falhas nesta quarta. Casa Branca e Departamento de Segurança afirmam que não há sinal de ciberataque
Leia a matéria completaEfeito
As principais Bolsas da Ásia fecharam com fortes baixas nesta quarta-feira, devido à inquietação que geraram as fortes quedas dos mercados chineses, enquanto na Europa há o fantasma de uma saída da Grécia da zona do euro.
O índice Nikkei, no Japão, perdeu 3,14%, e encerrou o pregão com 19.737,64 pontos, caindo abaixo dos 20 mil pontos pela primeira vez desde 18 de junho.
A Bolsa de Hong Kong fechou com uma queda de 5,84% em um clima de pânico geral no mercado chinês. E o índice Hang Seng terminou o pregão com 23.516,56 unidades, depois de perder 1.458,75 pontos, com um volume de negócios muito alto. O Hang Seng chegou a cair mais de 8% durante a sessão, algo nunca visto desde a crise financeira de 2008.
O índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou em baixa de 3,65%.
Centrão quer novo presidente da Câmara que mantenha controle sobre emendas e limite STF
Lula faz o Brasil passar vergonha na ONU; acompanhe o Sem Rodeios
73% das queimadas no Amazonas estão em áreas de responsabilidade federal
Congresso exige perfil não ideológico para Autoridade Climática proposta por Lula
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião