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Dinheiro acaba antes do fim do mês para 63% dos trabalhadores com carteira assinada

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Para 63% dos trabalhadores com carteira assinada (CLT), o salário não dura até o fim do mês. Além da limitação de poder de compra, as consequências se agravam com inadimplência, estresse e queda da produtividade.

É o que mostra a pesquisa “Hábitos e Impactos da Saúde Financeira dos Trabalhadores”, realizada pelas fintechs Zetra e SalaryFits, em parceria com a empresa de pesquisas On The Go.O resultado do levantamento deste ano está ligeiramente melhor que o da edição anterior, de 2021, quando 66% disseram ficar sem dinheiro no resto do mês após pagar despesas como aluguel, luz, alimentação. Em 2019, eram 58%.

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Depois de pagar as despesas e ficar zerado, o trabalhador recorre a outros meios para suplementar a renda mensal, como trabalhos por fora, acessar o limite do cartão de crédito ou pegar empréstimo.

Diante da incapacidade de pagamento, 24% recorrem ao cartão de crédito ou buscam algum trabalho paralelo. Outros 16% recorrem ao cheque especial e 10% apelam a empréstimos bancários para cobrir suas despesas.

A questão é que o salário não cobrir o mês não se trata de uma dificuldade pontual que será resolvida no próximo pagamento. Tende a piorar à medida que as dívidas progridem, o cansaço de múltiplos trabalhos pesa e as taxas de juros se acumulam sob os cartões.

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Os efeitos do endividamento, somados à falta de dinheiro e de perspectiva de solução se manifestam, principalmente, por aumento do estresse, irritação e falta de atenção, afetando a produtividade no trabalho.

Dos entrevistados, 56% disseram que a falta de dinheiro afeta na vida pessoal, e 58% afirmaram que ela prejudica o trabalho. Os percentuais são maiores que os registrados na edição anterior da pesquisa, de 2021.

Foram ouvidas 764 pessoas acima de 22 anos entre os dias 30 de junho e 06 de julho, contratadas em regime de CLT tanto de empresas públicas quanto privadas, de diferentes classes sociais e de todas regiões do país. A margem de erro é de 3,5%.

O levantamento considerou três classificações de despesas: essenciais, necessárias e supérfluas. Nas despesas essenciais entram moradia (aluguel/condomínio), alimentação básica, saúde, higiene, impostos, energia elétrica, além de internet, gás, transporte, manutenção da casa e seguros.

A classe dos custos necessários engloba combustível, assinatura de TV a cabo e plataforma de streaming. E no grupo das despesas com supérfluos estão academia, clube, viagens, artigos de luxo, tratamentos estéticos e bebidas alcoólicas.

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