O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu a possibilidade de concentração no setor financeiro devido à crise mas, na sua avaliação, o cenário bancário doméstico vai ficar "mais ou menos do jeito em que se encontra", com 10 a 15 bancos relevantes e outros menores que cumprem a sua função. "O cenário vai mudar pouco ou não muito, porque já é um setor concentrado no Brasil", disse Mantega, ao comentar a união do Itaú com o Unibanco.
O ministro avaliou que a fusão vai favorecer o "desempoçamento" de liquidez no mercado financeiro. Segundo o ministro, a união fortalece as duas instituições, que terão um poderio financeiro maior, além de se tornar um dos maiores bancos do mundo. "A fusão é um fato importante porque solidifica os dois bancos", disse Mantega ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília.
Segundo ele, a união também fortalece o sistema financeiro nacional. Na avaliação do ministro, é normal que num momento de turbulências e problemas internacionais no sistema financeiro haja um movimento de fusões. "Como são dois bancos tradicionais, sólidos, bancos importantes para a economia, é um fato importante que eles continuem cumprindo o papel de liberar crédito.
Banco do Brasil
O ministro da Fazenda afirmou que o Banco do Brasil "momentaneamente" perde a liderança do sistema financeiro nacional, com a fusão entre o Itaú e o Unibanco, mas terá chances de "correr atrás". "Nada como um dia depois do outro. O BB terá chance de correr a atrás e se refazer", disse.
Mantega afirmou que o BB vai continuar crescendo e que poderá voltar à liderança do setor financeiro nacional. Ele ressaltou, no entanto, que isso não é o mais importante. O importante, segundo o ministro, é que o Banco do Brasil continue sendo um dos maiores bancos do País e, em momentos como o de agora, de turbulência internacional, cumpra seu papel de fornecer mais liquidez. "Se ele é o primeiro, segundo ou terceiro não é tão relevante", afirmou.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião