O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira (28) em Assunção, no Paraguai, que tomou conhecimento pela imprensa da fusão Carrefour/Pão de Açúcar e que o governo não tem envolvimento com o assunto, porque é uma questão comercial. "Não diz respeito à Fazenda", disse Mantega, ressaltando que, embora o grupo tenha um financiamento de US$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a operação "não precisa ser chancelada pelo governo".
"O BNDES fornece recursos para todos os grupos privados que necessitam no Brasil e a Fazenda não fica fiscalizando a liberação de recursos", disse aos jornalistas após reunião de ministros de Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do Mercosul. "Somos uma economia livre, onde os grupos empresariais podem tomar iniciativas, fazer entendimentos e quase todos os grupos de um determinado porte pedem recursos do BNDES, para investimentos", disse.
O ministro Mantega atenuou o impacto do crescimento da inadimplência no Brasil. Ele reconheceu que a inadimplência é um pouco maior que no ano passado, mas em termos históricos, a considerou baixa. "O índice reflete, um pouco, a elevação da taxa de juros que houve nos últimos meses. O governo tomou medidas para reduzir a expansão do crédito. É normal, então, que a inadimplência, suba um pouco, mas ela se mantém perfeitamente nos níveis de segurança do mercado. Não há nenhum desequilíbrio nesse sentido", afirmou Mantega.
Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, a inadimplência no crédito com recursos livres atingiu em maio 5 1%, ante 4,9% em abril. O índice de não pagamentos de empréstimos com prazos superiores a 90 dias nas operações com pessoas físicas passou de 6,1% em abril para 6,4% em maio.
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