O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (30), em depoimento Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), que o gasto com o funcionalismo federal, em torno de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), é perfeitamente administrável e está abaixo dos gastos de administrações anteriores. Ele, no entanto, fez um apelo aos senadores para que esse porcentual não aumente.
"Eu conto com os senhores para que não aprovem novos gastos com o funcionalismo", pediu o ministro.
Guido Mantega disse ainda que espera que o Congresso Nacional fique atento para que não se aumente os gastos da Previdência Social, e que conta com a compreensão dos senadores para que derrubem o Projeto de Lei 296/03, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que prevê o fim do fator previdenciário. Ao falar das conseqüências da crise financeira internacional na economia, Mantega disse que ainda é possível perseguir a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 4% e 4,5% em 2009.
Em resposta ao ministro, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que a posição da Casa sobre a aprovação de novos gastos públicos deve ser a de analisar caso a caso.
O senador lembrou que a medida provisória que hoje tranca a pauta da Casa, que autoriza a contratação de dois mil servidores para os quadros da Polícia Federal, é um exemplo de gasto necessário que não se enquadra no apelo do ministro.
"Nós temos que considerar caso a caso. Eu acho que o que se impõe nessa hora é a contenção de despesas de custeio, de gastos correntes com a manutenção da máquina", disse.
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