A melhora nos mercados internacionais ditou queda do dólar frente ao real nesta terça-feira, em mais um dia de volatilidade. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,61%, a R$ 1,622 na venda, após na máxima da sessão marcar alta de 0,43%.
"Nestes últimos dias, em função do mercado externo, o dólar estava virado para cima, mas basta o mercado lá fora melhorar que o dólar não se aguenta e volta à sua realidade", disse Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil. Em maio, até esta terça-feira, a moeda norte-americana acumula ganho de 3,12%.
Preocupações com a saúde da recuperação dos Estados Unidos afetaram mais fortemente os mercados no início do dia. Mas a recuperação do petróleo, que fechou longe das mínimas do dia, ajudou a diminuir as perdas nas bolsas nova-iorquinas e amparava alta superior a 1% do Ibovespa. "O dólar continua operando em linha com o quadro de aversão a risco e é vital ficar de olho nas commodities", afirmou o operador de um banco estrangeiro. A menor aversão a ativos considerados mais arriscados ajudava o euro a subir frente ao dólar, que registrava leve queda contra uma cesta de divisas. Os agentes seguiram monitorando o noticiário da crise de dívida em países da zona do euro. As discussões se concentraram sobre a chance de a Grécia reestruturar suas obrigações.
Para o premiê do país, George Papandreou, uma reestruturação da dívida traria mais prejuízos do que benefícios. Nesta sessão, o Banco Central voltou a fazer dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, definindo como corte as taxas de 1,6343 real e 1,6210 real. Na quarta-feira, investidores conhecerão os dados de fluxo cambial referentes à semana passada. De acordo com o Banco Central, a entrada líquida de moeda estrangeira no país somou 3,595 bilhões de dólares na primeira semana de maio.
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