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O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que passagens aéreas por R$ 200, valor inicialmente previsto para o programa Voa Brasil, “seria insano”. Costa Filho disse que ocorreu um desentendimento sobre a proposta e a percepção da população e da imprensa com relação à iniciativa.
“O importante não é só o que se diz, mas o que as pessoas entendem. Naquele momento, da forma que foi passada por setores da imprensa e da sociedade brasileira, por conta das redes sociais, o povo brasileiro achou que a passagem seria a R$ 200. Seria insano a gente desenhar um programa dessa natureza”, afirmou o ministro nesta segunda-feira (18) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
No dia 9 de janeiro deste ano, o próprio Costa Filho chegou a citar o valor de R$ 200 para as passagens previstas no programa ao anunciar o público da iniciativa.
"A gente espera que o presidente possa anunciar, agora no final de janeiro, mais tardar no início de fevereiro, um programa de passagens a R$ 200, que serão para dois públicos específicos num primeiro momento, o público de aposentados do INSS, que dá em torno de 20 milhões de brasileiros, e também para alunos do Prouni, que atinge 600 mil estudantes", disse o ministro depois de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na ocasião.
Já no final de fevereiro, Costa Filho ajustou o discurso após negociações sobre o programa e afirmou que não seria viável ofertar o valor promocional para todos os brasileiros. “No Brasil nós não teríamos condições de do dia para noite ofertar passagens a R$ 200 para todos”, disse o ministro.
Após o lançamento ser adiado inúmeras vezes, os critérios para o Voa Brasil já foram autorizados por Lula e o programa deverá ser oficializado no final deste mês, segundo Costa Filho. Durante a entrevista desta segunda, o ministro afirmou que a primeira etapa beneficiará 21 milhões de aposentados do INSS, que ganham até 2 salários mínimos, e 700 mil alunos do ProUni.
As companhias aéreas disponibilizarão 5 milhões de passagens sem “nenhum real do Tesouro”, destacou Costa Filho. Em dezembro, as três principais empresas que operam no Brasil – Azul, Gol e Latam, e que juntas detêm 99,6% de participação de mercado – anunciaram um plano para oferecer 25 milhões de passagens aéreas por preços entre R$ 699 e R$ 799.