O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (30) que não foi procurado para discutir mudanças no abono, seguro-desemprego e no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Marinho não descartou a possibilidade de pedir demissão, caso o governo defina alterações na área sem consultá-lo.
“Para mim, esse debate não existe. O ministro do Trabalho não foi procurado por ninguém para discutir corte de benefício aos trabalhadores”, disse Marinho durante a coletiva de apresentação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“Se nunca discutiu comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego – a não ser que o governo me demita – vale para todo o tema do Trabalho que eu não discuti”, reforçou.
O ministro disse considerar uma “agressão” que a discussão sobre o tema seja feita sem ele. Questionado se poderia pedir demissão, caso isso ocorresse, ele afirmou que é possível. “Se eu for agredido, é possível, nunca fui. Uma decisão de um tema sem minha consulta, é uma agressão”, afirmou.
A equipe econômica avalia medidas para cortar gastos públicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há prazo para o anúncio das propostas.
“Se tiver alguma coisa desnecessária tem que cortar, é obrigação de toda gestão eficiente. O que é gasto? Seguro-desemprego não é gasto. Até a aberração que saiu por aí sobre acabar com a multa do fundo de garantia, veio de quem não entende de mercado de trabalho”, disse Marinho.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião