Ao defender mais uma vez o corte na taxa de juros praticada no país, o vice-presidente da República, José Alencar, disse nesta terça-feira (9) que o atual momento não é mais "propício", e sim, "exigente" de um corte de juros.
"Tivemos muitos anos de momentos mais propícios do que esse [para o corte na taxa de juros]. O momento atual é exigente", disse Alencar na noite desta terça, em São Paulo, antes de receber o prêmio Carmen Prudente, entregue a personalidades que se destacam na luta contra o câncer.
O Comitê de Política Monetária (Copom), que decide o rumo da taxa de juros no país, se reúne nesta quarta-feira (10). Há expectativa de que mantenha a taxa em 13,75%, mas cresce a idéia de que no começo de 2009 o colegiado terá de reduzir o custo do dinheiro.
"Estamos todos, no mundo inteiro, preocupados em evitar uma estagnação na economia. Por isso é preciso que continue havendo investimentos - que não podem ser embutidos pela taxa alta de juros", disse Alencar.
Segundo o vice-presidente, a manutenção de taxas altas "acaba levando o custo de capital a um patamar tal que não tem como ser remunerada a produção", o que reduz investimentos.
Mesmo afirmando que já houve momentos mais propícios para a redução dos juros, José Alencar acredita que um eventual corte deve surtir efeitos na economia.
"O Brasil trabalha com níveis de custo de capital muito elevados. Os spreads bancários são elevadíssimos também. Tudo isso tem que começar pela taxa básica, como em muitos países."
Brasil deixou saúde em segundo plano ao regular apostas; quais as regras em outros países
Como o grupo terrorista Hezbollah pratica crimes junto com o PCC na fronteira do Brasil
“Copo meio cheio”: o otimismo da Moody’s ao melhorar a nota de crédito do Brasil
Com tornozeleira e redes bloqueadas, mais de 30 presos ligados ao 8/1 são candidatos nessas eleições
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião