De 2009 a 2011, a Petrobras planeja investir mais de R$ 1 bilhão em universidades e institutos de pesquisa para transformar o parque tecnológico brasileiro em um dos mais bem equipados do mundo no setor de energia. Convênios vão permitir a implantação de 250 laboratórios com padrão de excelência.
Entre 2006 e 2008 a empresa aplicou cerca de R$ 790 milhões na construção e modernização de instalações experimentais por intermédio de convênios com instituições acadêmicas e de pesquisa em vários estados. Somente em 2008 foram investidos R$ 440 milhões nesse segmento.
Após a promulgação da Lei do Petróleo, em 1997, que inseriu nos contratos entre as concessionárias e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uma cláusula de investimentos obrigatórios em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) vem aumentando significativamente a parceria da estatal com o parque tecnológico do país.
Regulamentada em 2005, a cláusula estipula que pelo menos 1% da receita bruta gerada pelos campos de petróleo, onde é devida a Participação Especial deve ser investido em P&D. Desse valor, 50% irão obrigatoriamente para instituições nacionais de ciência e tecnologia.
Foram criadas no período 38 redes temáticas tendo sido convidada para cada uma delas as instituições nacionais de maior competência no seu segmento. Segundo a Petrobnras, as redes abrangem temas como aumento da produção de óleo pesado, estudo de novos materiais no processo de refino e nanotecnologia aplicada indústria de energia ao desenvolvimento de bioprodutos.
Na fase de implantação das redes e núcleos, cerca de 80% dos projetos são investimentos em infraestrutura construção de instalações físicas e colocação de equipamentos. Os convênios já assinados, que tiveram como objeto a construção ou a modernização de instalações experimentais, vão propiciar a implantação de 250 laboratórios de padrão de excelência pelo país, com um total de mais de 250.000 metros quadrados de área construída.
A Petrobras informou que alguns laboratórios construídos e equipados por este grande programa já foram inaugurados, estando entre eles o Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC), da UFRJ, localizado na Cidade Universitária da Ilha do Fundão, no Rio, inaugurado no dia 30 de abril deste ano. Para a empresa, esse laboratório terá papel fundamental nas pesquisas para a produção no pré-sal. Somente nele foram investidos cerca de R$ 20 milhões, tornando-o um dos mais avançados do mundo para testes de corrosão e inspeção de materiais.
O gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu, lembra que um exemplo desse tipo de parceria é o tanque oceânico, instalado na UFRJ, construído antes mesmo de ter sido criado o conceito de redes temáticas, mas o princípio é o mesmo.
"Para fazer ensaios em tanques deste porte, era necessário ir até o Japão ou Noruega. Hoje os testes podem ser feitos aqui mesmo no Brasil. Com as redes temáticas, estamos replicando exemplos como este em todo país.
Segundo Tadeu, hoje o Brasil já está no mesmo nível dos demais países construtores de plataformas e de todos os tipos de instalações e equipamentos para o setor petróleo.
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