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Impactos da guerra

Petrobras diz que produção nacional de petróleo ajuda a segurar preço dos combustíveis

Magda Chambriard
Magda Chambriard diz que produção nacional é um dos fatores que minimizam efeitos da guerra no Oriente Médio. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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A escalada do preço do petróleo no mercado internacional que poderia afetar diretamente os combustíveis no Brasil está sendo minimizada pela Petrobras por, entre outros fatores, a produção nacional de petróleo. Esta é a justificativa apresentada pela presidente da estatal, Magda Chambriard, para segurar o repasse do aumento do óleo no mercado internacional para as bombas no país.

Isso porque o preço do petróleo já disparou desde segunda (30) por conta das tensões no Oriente Médio, com um salto de 5% apenas na quinta (3) do tipo Brent, usado como referência no mercado – US$ 77,62 o barril. Nesta sexta (4), chegou a US$ 78,28 pela manhã.

“Nós consideramos nossas melhores condições de produção nacional de petróleo, parque de refino, terminais, dutos, navios etc, para sermos competitivos com as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e, importante frisar, sem repassar o nervosismo diário das cotações internacionais e do câmbio”, disse em entrevista à Reuters na noite de quinta (3).

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O preço do petróleo no mercado internacional é uma das maiores preocupações dos países que dependem da produção dos países árabes, donos de alguns dos maiores poços do mundo. O ataque do Irã a Israel e o contra-ataque ao país persa com a possibilidade de se atingir instalações petrolíferas é visto pelo mercado financeiro como um agravante que pode fazer o barril do petróleo disparar ainda mais.

Magda Chambriard ressalvou, no entanto, que a Petrobras segue observando “os eventos recentes e eventuais desdobramentos sobre os fundamentos de mercado” para decidir por um reajuste dos combustíveis. Mas, “por questões concorrenciais”, não pode antecipar novas medidas.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do preço da gasolina nesta sexta (4) na comparação com o mercado internacional já é de 5%, enquanto que o diesel é de 4% (veja na íntegra).

“Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo diesel apresentaram forte valorização no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, disse a entidade em nota.

No último reajuste dos combustíveis praticado pela Petrobras em julho, o preço da gasolina às distribuidoras foi elevado em cerca de 7%, o primeiro em oito meses. Já o diesel não teve alterações.

O Irã é um dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e produz atualmente cerca de 3,2 milhões de barris de petróleo por dia, o que representa aproximadamente 3% da produção global.

Apesar das preocupações com o impacto dos conflitos na produção de petróleo, o fornecimento global do Oriente Médio permanece inalterado, mesmo após meses de tensão. Isso tem ajudado a conter um aumento ainda mais expressivo dos preços, segundo analistas de mercado ouvidos pela Reuters.

Afirmam ainda que a capacidade de produção ociosa dos países da OPEP tem servido como um fator de alívio para o mercado.

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