Eles cresceram acompanhando o boom tecnológico e hoje atuam em um mercado extremamente dinâmico. Rodeados de informação, os chamados millennials, integrantes da geração Y, nascida nas décadas de 1980 e 1990, compõem a faixa etária mais expressiva do mercado de trabalho dos Estados Unidos, segundo dados da consultoria Booz Allen e, embora sejam frequentemente vistos como acomodados, têm mostrado exatamente o oposto.
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Uma pesquisa do site estadunidense CareerBuilder, com mais de 3,2 mil trabalhadores de período integral em empresas privadas de todos os setores e tamanhos, mostrou que ao menos um terço deste grupo tem mais de um emprego.
Os números mostram que 29% dos entrevistados possuem um trabalho temporário para ajudar nas despesas, mas o percentual é maior entre a geração milênio. Por volta de 39% das pessoas entre 18 e 24 anos e 44% dos que têm entre 25 e 34 afirmam ter um segundo emprego na informalidade.
A lista de “bicos” elencada no estudo vai desde funções pouco comuns, como comprador misterioso e aprendiz de tatuador, até atividades mais conhecidas, como babá, consultor e escritor freelancer.
Ajuda importante
Ainda de acordo com a pesquisa, o segundo emprego é extremamente importante para complementar a renda dos trabalhadores nos Estados Unidos, sobretudo, os que atuam nas áreas de lazer, hospitalidade e varejo, apontados como os que mais lançam mão de uma fonte de renda secundária.
Os trabalhadores com apenas um emprego, em geral, atuam nos setores de tecnologia, finanças e fábricas.
Informalidade
Os resultados da pesquisa são permeados por um movimento crescente no mundo todo: o aumento do mercado freelancer, em grande parte ocupado pela geração milênio. De acordo com um artigo do site estadunidense Mashable, estima-se que, em 2015, um terço dos trabalhadores dos Estados Unidos já exercia algum tipo de atividade temporária. A projeção, segundo o site, é de que, em 2020, metade da população do país atue mediante contratos informais.