Portugal tem pressa na formação de um novo governo. Ao menos na visão do presidente do país, Aníbal Cavaco Silva, que ontem se reuniu com o futuro primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Eleito no domingo, o economista de 46 anos, líder do Partido Social Democrata (PSD), deve formar seu gabinete nas próximas duas semanas, substituindo o Partido Socialista (PS).
O PSD obteve 38,6% dos votos na eleição de domingo. Logo atrás ficou o PS com 28,1%, seguido da coligação de direita CDS-PP com 11,7%. Para formar o próximo governo, Passos Coelho já chamou Paulo Portas, ex-candidato da direita, que aceitou o convite.
Após o acordo, o primeiro encontro entre o chefe de Estado e o futuro chefe de governo ocorreu ontem. Quebrando o protocolo, segundo o qual um novo gabinete só pode ser convocado após o anúncio definitivo dos resultados da eleição e da consulta aos partidos que formam o Parlamento, Cavaco Silva pediu a Passos Coelho pressa na substituição do governo demissionário de José Sócrates.
Em entrevista à agência Reuters, Passos Coelho comprometeu-se a montar seu governo em um prazo de duas a três semanas e reafirmou que cumprirá todos os compromissos de austeridade fiscal firmados por Sócrates em troca de 78 bilhões do plano de socorro financiado por União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não queremos ser um peso para os nossos parceiros europeus, nem mais um dia, nem mais um segundo", afirmou.
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