Cerca de 10 mil pessoas se reúnem na manhã desta quarta-feira (4) no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo para participar do Grito de Alerta, manifestação de trabalhadores, empresários e estudantes contra o processo de desindustrialização do País. De acordo com o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, 2.500 ônibus foram contratados pela central sindical para transportar até a Assembleia trabalhadores de toda região metropolitana. A sua expectativa é de que o ato reúna 80 mil pessoas.
No estacionamento da Assembleia foi montado um palco para discursos de sindicalistas e empresários. Paulinho disse que uma comitiva de mil industriais sairá da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na avenida Paulista, para participar da manifestação. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também deve discursar contra a ameaça da invasão de produtos importados.
"Esta manifestação é para a assustar a presidente Dilma Rousseff que, na minha opinião, está sendo enganada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel", afirmou Paulinho. "O governo tem de agir rápido porque vários setores, como o de autopeças, já estão quebrando."
Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, disse que o protesto é importante para pressionar também empresários, prefeitos e governadores a investir. "O governo federal mostrou ontem que está trabalhando pela indústria nacional e pelos empregos", afirmou, citando o pacote de medidas de estímulo anunciado em Brasília. "Ainda falta reduzir os juros e realizar a reforma tributária, mas os governos estaduais também precisam colaborar, promovendo, por exemplo, uma redução geral de alíquotas de ICMS para aumentar as vendas e estimular os investimentos da indústria."
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, elogiou as medidas anunciadas, mas fez algumas ressalvas. "Não posso fazer críticas contundentes à iniciativa, porque o governo federal reconhece o problema e tem mostrado disposição em tomar medidas", comentou. "Mas elas ainda são muito tímidas. O ideal seria estender a desoneração da folha de pagamentos a todos os setores. Sei que isso não é possível fazer de uma hora para outra, mas o governo poderia pelo menos sinalizar que a desoneração vai chegar a todos os setores. E o IOF contra o capital especulativo poderia ser usado de forma mais agressiva."
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