O faturamento do setor eletro-eletrônico brasileiro cresceu 18 por cento no primeiro semestre de 2010 ante igual período de 2009, e 3 por cento contra mesmo período de 2008, voltando aos níveis pré-crise.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que revisou para cima a perspectiva de faturamento do setor no ano.
O crescimento na primeira metade de 2010, segundo a Abinee, é resultado de uma alta de 19 por cento no segundo trimestre, na comparação anual.
"Deve-se considerar que o faturamento quanto ao primeiro semestre do ano passado foi bastante baixo, favorecendo as comparações com aquele período", explica a Abinee em comunicado.
Dessa forma, a Abinee elevou sua projeção de alta no setor de 12 para 14 por cento, por conta da melhora na visão para as áreas de componentes eletrônicos, transmissores e distribuidores de energia elétrica.
A Abinee revisou para baixo, por sua vez, a projeção de investimento do setor de 4 por cento do faturamento para 3,6 por cento do faturamento para o ano.
O ano deve terminar com o setor faturando 128 bilhões de reais, de acordo com a Abinee, com exportações estáveis em 7,5 bilhões de dólares e as importações crescendo para 35 bilhões de dólares, alta de 40 por cento sobre 2009.
"Este ano, tínhamos algumas dúvidas por conta de 2009, quando fomos afetados pela crise. Era temerário fazer estimativas otimistas. Assim, esses números foram ajustados pela boa surpresa registrada nos números do primeiro semestre", explicou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
"A facilidade do crédito ajudou a revigorar uma demanda reprimida."
De acordo com a Abinee, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo mercado interno, uma vez que a competitividade no exterior segue prejudicada por um câmbio desfavorável, medidas protecionistas e um cenário ainda de recuperação.
Em linha com a recuperação do setor em 2010, o nível de emprego ficou em 171 mil funcionários diretos ao fim de junho, o que representa uma contratação de 11 mil funcionários no primeiro semestre. O número se compara aos 155 mil funcionários diretos contabilizados no fim de junho de 2009, e 163 mil em junho de 2008.
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