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Idade mínima para aposentadoria será de 78 anos em 2060, se regras não mudarem
| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Se as regras para concessão de aposentadorias e pensões não mudarem no país, a idade mínima para que os brasileiros se aposentem em 2040 será de 72 anos, e 78 anos em 2060.

O aumento da idade será necessário para manter no patamar atual a chamada razão de dependência dos idosos registrada em 2020, após a reforma da Previdência.

A taxa de dependência é a razão de idosos com 65 anos ou mais sobre a população de 20 a 64 anos, considerada economicamente ativa.

A informação consta em um estudo do Banco Mundial divulgado pelo jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (5).

Na reforma da Previdência, em 2019, a idade mínima para aposentadoria foi fixada em 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.

De acordo com os parâmetros da época da reforma, a taxa de dependência, em 2020, era de 14,909%.

Um dos principais objetivos da reforma era buscar o equilíbrio entre o envelhecimento da população e a redução na taxa da fecundidade.

Segundo estudo do Banco Mundial, mesmo com as alterações promovidas pela reforma, serão necessários novos ajustes nas regras de concessão de aposentadorias e pensões.

No estudo, o Banco Mundial sugere a adoção de novas regras para evitar o cenário em que seja preciso aumentar a idade mínima para os 78 anos, conforme projeção com base nas regras atuais.

De acordo com o Banco, é impossível continuar compensando o envelhecimento da população apenas com aumentos da idade mínima.

O estudo também mostrou que apenas 56,4% da população economicamente ativa no Brasil fez, pelo menos, uma contribuição, em 2020, para o Regime Geral da Previdência (RGPS).

Outro fator destacado no estudo é o envelhecimento acelerado da população brasileiro em comparação a outros países. 

A Europa, por exemplo, duplicou a taxa de dependência de 15 para 30 em 70 anos. Nos países da América Latina e Caribe, a taxa de dependência dobrará em 25 anos.

Já no Brasil, a previsão é de que isso ocorra em 23 anos.

“Ou seja, os países europeus tiveram muito mais tempo para ajustar suas políticas, inclusive de Previdência, do que o Brasil terá”, diz o estudo.

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