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Gabriel Galípolo foi indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil.
Gabriel Galípolo foi indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (8) a indicação do economista Gabriel Galípolo para o cargo de presidente do Banco Central. Ele foi aprovado com o placar de 66 a 5 dos votos dos senadores.

Com o aval da maioria dos senadores, ele vai suceder Roberto Campos Neto, que preside o Banco Central desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL). Galípolo inicia os trabalhos a partir de janeiro de 2025.

Mais cedo, Galípolo foi sabatinado na Comissão de Assuntos Especiais (CAE), onde destacou, em sua apresentação, o compromisso com a estabilidade financeira e a liberdade garantida pelo presidente Lula para a gestão da política monetária.

Como esperado, as perguntas dos senadores na sabatina se concentraram na interferência do Planalto para a redução das taxas de juros, considerando que a composição do comitê de Política Monetária do próximo ano contará com sete dos nove integrantes indicados por Lula.

Galípolo disse que a autonomia do BC é uma expressão que gera incompreensões e reforçou o papel da autoridade monetária perseguir a meta de inflação estabelecida pelo "governo democraticamente eleito".

"Sou a favor que o BC nem participe das decisões de inflação pelo Conselho Monetário Nacional. O BC precisa perseguir a meta com as políticas restritivas necessárias para isso", afirmou.

O atual diretor de Política Monetária minimizou as divergências entre o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto e o presidente Lula. Campos Neto foi elogiado por senadores pela atuação técnica.

Quem é Gabriel Galípolo

Galípolo foi o “número 2” do ministro Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, quando atuava como secretário-executivo da pasta. Em maio do ano passado, foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC.

Entre 2017 e 2021, foi presidente do Banco Fator. Ele se aproximou da cúpula petista no final de 2021, antes da pré-campanha eleitoral, atuando como conselheiro econômico. Após a vitória de Lula, fez parte do governo de transição e se tornou o braço direito de Haddad.

Galípolo se formou em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De 2006 a 2012, lecionou na mesma instituição em disciplinas como Economia Brasileira Contemporânea, Macroeconomia, entre outras. Também deu aulas no MBA da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e na London School of Economics and Political Science.

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