Os funcionários da Sadia e da Perdigão no estado estão preocupados com a possibilidade de a união entre as duas empresas provocar demissões e fechamento de fábricas. Segundo Ernane Garcia Ferreira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos, as duas companhias empregam juntas 31,6 mil pessoas no Paraná. Desse total, 1,6 mil trabalham no centro administrativo da Sadia em Curitiba. "Acreditamos que os cortes devem ocorrer principalmente nas áreas administrativas. Em aquisições recentes, a Perdigão também fechou fábricas", diz.
Entre os funcionários da Sadia, chegou a correr o boato sobre um plano de demissões voluntárias, negado pela companhia. Segundo a empresa, não há previsão de cortes, já que as operações permanecerão separadas por um ano.
Para Alexandre Nunes, da DealMaker, especializada em fusões e aquisições, a união das duas empresas fatalmente provocará redução de unidades e funcionários. "É ingênuo pensar que não haverá ajustes. O limitador será o tempo e as eventuais restrições impostas pelo Cade", afirma.
A relação entre a Sadia e os seus empregados estava desgastada desde que a empresa entrou em crise, no fim do ano passado. "Não tínhamos diálogo e as negociações sobre o aumento salarial não avançaram", acrescenta Ferreira. A Sadia demitiu recentemente 900 pessoas da fábrica de Toledo, no Oeste do estado, uma das principais unidades da empresa no país.
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