O banco suíço UBS divulgou nesta terça-feira mais um grande prejuízo no segundo trimestre, pressionado pela saída de clientes abastados diante de investigações dos Estados Unidos sobre evasão fiscal. Mas a instituição informou que espera reconquistar a confiança agora que um acordo com autoridades norte-americanas está próximo.
O UBS informou que continua cauteloso sobre seu desempenho, dado o cenário econômico. O banco sofreu encargos de reestruturação e outras despesas não recorrentes de 2,3 bilhões de francos suíços (2,17 bilhões de dólares), mas chegou a lucro operacional de 971 milhões de francos, o melhor resultado em oito trimestres.
A instituição sofreu prejuízo líquido de 1,4 bilhão de francos suíços, ante uma expectativa média de analistas consultados pela Reuters de perda de 1,1 bilhão. O banco registrou saída de 39,4 bilhões de francos nas divisões de gestão de fortunas e ativos.
O presidente-executivo, Oswald Gruebel, afirmou a analistas que um acordo acertado pelo UBS com o governo dos EUA na sexta-feira vai encerrar as investigações tributárias, o que deve ajudar a reverter as saídas de capital, enquanto o banco reconstrói sua reputação. Mas essa recuperação deve levar mais que um trimestre.
"Nós certamente vamos reverter a tendência das saídas de capital", disse Gruebel.
O UBS espera finalizar o acordo com os EUA esta semana. O banco não deve ter de pagar multa por ajudar clientes norte-americanos a evitarem impostos, mas pode ter de entregar mais de 5 mil nomes de detentores de contas secretas, ante os 52 mil que Washington estava buscando.
Gruebel não quis comentar detalhes do acordo, mas o vice-presidente financeiro, John Cryan, afirmou que o banco não fez nenhuma provisão adicional por conta do litígio nos EUA.
As ações do UBS desabavam quase 6 por cento às 8h15 (horário de Brasília).
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