O comércio varejista se prepara para o pior Natal dos últimos 11 anos. A expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior. A percepção de que as vendas serão mais fracas deve fazer o número de empregados temporários encolher até 2,9%, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“A última queda nas vendas do varejo ocorreu em 2003, mas não temos como mensurar as perdas daquela época, porque houve mudança na metodologia da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Mas sabemos, seguramente, que esse será o pior Natal desde então”, disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.
Bentes já calculava queda de 4,1% no volume vendido pelo varejo nas festas de fim de ano, mas a previsão ficou mais pessimista diante de uma inflação persistente, dos juros altos e da confiança do consumidor ainda longe de uma recuperação.
“Os juros do crédito livre para pessoa física atingiram o recorde de 62,3% ao ano em setembro. A confiança do consumidor continua no piso histórico, enquanto a inflação vem piorando mês a mês”, diz Bentes.
Se a estimativa da CNC for confirmada, o varejo deve oferecer 138,6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro, o menor saldo desde 2012, quando foram abertos 135,2 mil postos com esse tipo de vínculo.
O estudo prevê ainda que o salário médio de admissão deve ficar em R$ 1.444, um recuo de 0,2% ante o valor pago em 2014, descontada a inflação.
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