Com um novo perfil à frente do Ministério da Educação (MEC), o professor e economista Abraham Weintraub, é possível que alunos do escritor e filósofo Olavo de Carvalho, exonerados da pasta por Ricardo Vélez, sejam readmitidos, afirma o jornal O Globo. De acordo com fontes do Palácio do Planalto, Weintraub, seguidor de Olavo, pode ainda exonerar militares que estão no MEC. A saída de Vélez foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta segunda-feira (8).
Entenda, aqui, os fatos que levaram à queda de Vélez
Leia também: Olavista, novo ministro da Educação defende o combate ao “marxismo cultural”
Em março, alguns servidores do MEC próximos a Olavo foram exonerados pelo então ministro da Educação, Ricardo Vélez. Silvio Grimaldo de Carvalho, ex-assessor especial do ministro, denunciou, na época, um "expurgo" que seria "a maior traição dentro do governo de Jair Bolsonaro".
Segundo ele, pessoas ligadas ao filósofo estavam sendo transferidas de postos estratégicos para cargos menos importantes. Desde então, uma briga entre a "ala mais ideológica" e "militares" se instalou no ministério.
Ainda segundo o jornal, o novo secretário-executivo do MEC, indicado por Bolsonaro, é o que "encabeça a lista de exonerações".
Em seu lugar, fontes indicam que ficará Eduardo Freire de Melo, que havia sido exonerado do cargo de adjunto na Secretaria Executiva. Atualmente, Melo é diretor-geral adjunto do canal TV Escola, ligado ao MEC.
Graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e oficial da reserva não remunerada da Marinha, Melo foi diretor do Colégio Internacional Everest em Curitiba e também fez parte da direção da Faculdade Inspirar, em Brasília.
Leia também: MPF recomenda que Vélez se abstenha de violar laicidade e liberdade religiosa
Quem é o novo ministro
Abraham Weintraub já trabalhava no governo Bolsonaro como secretário-executivo da Casa Civil, segundo cargo mais importante dentro da pasta.
O professor atuou na equipe do governo de transição. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi responsável pela área de previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Weintraub é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1994) e atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos. Mais recentemente, Weintraub tornou-se professor de Ciências Contábeis da Unifesp.
Bolsonaro “planejou, dirigiu e executou” atos para consumar golpe de Estado, diz PF
PF acusa Braga Netto de pressionar comandantes sobre suposta tentativa de golpe
Governadores do Sul e Sudeste apostam contra PEC de Lula para segurança ao formalizar Cosud
Congresso segue com o poder nas emendas parlamentares; ouça o podcast
Deixe sua opinião