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Curitiba

Com atraso do MEC, formandos de Medicina entram na Justiça para obter registro profissional

Os alunos da primeira turma do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), em Curitiba, enfrentam dificuldades para obter o registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), pois o Ministério da Educação (MEC) ainda não reconheceu o curso da instituição. Segundo a UP, houve atraso por parte do governo para fazer a última vistoria. Os formandos estão tendo que recorrer à Justiça para conseguir o documento.

Até esta quarta-feira (4), dos 44 universitários formados, 35 já haviam conseguido o registro profissional após uma liminar judicial obtida pela Universidade Positivo, na sexta-feira (30), na 1.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. O Conselho de Medicina tem 10 dias para recorrer da decisão.

O presidente do CRM-PR, Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho, explica que faltou a vistoria final do MEC no curso de Medicina da UP para o reconhecimento da graduação. "Como é do entendimento do Conselho Federal de Medicina, falta este documento do MEC para o CRM fazer o registro dos formandos", afirma Sobrinho.

Sobrinho diz que toda a documentação da instituição está correta e dentro das normas necessárias, desde autorização do curso aos diplomas dos alunos. Porém, sem os papéis da vistoria final do MEC, não pode haver a emissão dos registros pelo CRM.

De acordo com o vice-reitor da UP, José Pio Martins, a liminar judicial obtida pela instituição foi amparada pela Portaria 40/2007, editada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A portaria observa que são reconhecidos, para fins de expedição e registro de diplomas, os cursos cujos pedidos de reconhecimento tenham sido protocolados dentro do prazo estabelecido. As visitas do MEC sempre ocorrem no último ano de cada curso.

A UP explica que protocolou o pedido de fiscalização e pagou uma taxa dentro do prazo legal para o reconhecimento. O MEC, entretanto, não conseguiu tempo hábil para visitar as instituições nos prazos devidos em todo o país. O presidente do CRM-PR concorda que o MEC teve dificuldades para realizar a visita e a UP nada poderia fazer, a não ser entrar na Justiça.

Amparados legalmente pela portaria, a universidade e os alunos esperam que o MEC compareça ainda em 2009 para verificar e reconhecer o curso de Medicina. A reportagem da Gazeta do Povo não obteve resposta do MEC sobre a situação do curso de Medicina da UP. O ministério também não se pronunciou ao CRM-PR sobre a questão.

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