Sobre a indicação de que o presidente Jair Bolsonaro irá demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez, o filósofo e escritor Olavo de Carvalho garantiu, nas redes sociais, que não vai se lamentar se o "botarem (sic) para fora do ministério", além de dizer que, se tivesse conhecimento das "obscenas tucanadas e clintonadas", teria se prevenido contra o "comportamento traiçoeiro" do ministro.
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"Conheci o prof. Velez por seus livros sobre a história do pensamento brasileiro, publicados mais de vinte anos atrás. Nunca tomei conhecimento das suas obscenas tucanadas e clintonadas, que teriam me prevenido contra o seu comportamento traiçoeiro. Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem (sic) para fora do ministério", escreveu o filósofo.
Em reunião com jornalistas, na manhã de hoje (5), Bolsonaro indicou que o colombiano deixará o comando do Ministério da Educação (MEC).
Vélez, no entanto, que esteve em Campos do Jordão, São Paulo, no 18º Fórum Lide, disse que não conversou com Bolsonaro e não estava sabendo da indicação de Bolsonaro. Um vídeo publicado nas redes mostra uma breve fala do ministro dizendo: "eu pretendo participar do fórum e não vou entregar o cargo".
Crise
O MEC vive uma crise interna que envolve demissões, disputas entre grupos e recuos de ações. Desde que iniciou à frente do ministério, o colombiano tem sido criticado por sua administração.
Em menos de três meses de governo, Vélez Rodríguez já exonerou dezenas de pessoas em postos-chave no Ministério da Educação (MEC), voltou atrás em várias decisões e tomou uma série de medidas desastrosas.
Em audiência pública, no entanto, ele disse que só vai se demitir se Bolsonaro pedir.
"Não vou sair"; "Não seguirei dicas para renunciar"; "Não renuncio, não faz sentido"; "Só me demito se o presidente da República pedir, se ele achar que minha colaboração não está sendo adequada"; "É um abacaxi do tamanho de um bonde, mas topei", disse a deputados, na Câmara.
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