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O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).| Foto: Clauber Cleber Caetano/PR.

Alguns dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) já tiveram seus destinos definidos neste domingo (2) e não foram eleitos a cargos no Legislativo e no Executivo para os quais haviam se candidatado.

Entre os principais nomes derrotados estão Daniel Silveira (PL), que era candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, Major Vitor Hugo, que disputava o governo de Goiás, e Fernando Collor, que tentava o governo de Alagoas.

Daniel Silveira não conquista vaga para o Senado

Ex-policial militar, tornou-se conhecido nacionalmente durante a campanha eleitoral de 2018, quando quebrou uma placa feita em homenagem à vereadora Marielle Franco. Ele concorreu com registro de candidatura indeferido com recurso judicial (por isso apareceu como inapto na apuração). Foi eleito deputado federal naquele ano e atuou, na Câmara, sempre em parceria com o governo Bolsonaro. Chegou a ser preso e condenado por ter veiculado um vídeo com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Optou por concorrer ao Senado pelo PTB, decisão que contrariou segmentos do próprio governismo. Ficou em terceiro lugar na eleição, atrás de Romário (PL) e Alessandro Molon (PSB).

Major Vitor Hugo fica em terceiro em Goiás

Deputado federal em primeiro mandato, chegou a ser líder do governo na Câmara e também do PSL, antes de o partido acabar. Foi candidato ao governo de Goiás lançado por Bolsonaro ao posto ainda no ano passado. “Ele é um cara competente, é inteligente, é trabalhador, entende do assunto, se empenha, busca soluções", disse o presidente na ocasião.

Sua candidatura, porém, não emplacou, e não ameaçou a reeleição de Ronaldo Caiado (União Brasil). Vitor Hugo, que tem formação militar e é consultor concursado da Câmara dos Deputados, ficou em terceiro lugar, atrás de Caiado e Gustavo Mendanha (Patriota).

Gilson Machado perde vaga no Senado para petista

O ex-ministro do Turismo se consolidou como um nome querido por Bolsonaro em 2021, quando participou de dez lives semanais do presidente da República. Ficou conhecido como "sanfoneiro" pela sua habilidade com a sanfona e por tocar o instrumento tanto nas lives quanto em outros eventos. Antes do Turismo, foi presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, a Embratur. Perdeu a vaga de Pernambuco no Senado para Teresa Leitão (PT).

Fernando Collor fica em terceiro lugar em Alagoas

Senador desde 2007, o ex-presidente da República resolveu correr o risco de disputar uma eleição para o Executivo e ficar sem mandato. Foi apenas o terceiro colocado na corrida local, atrás de Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil). Collor se aproximou de Bolsonaro principalmente ao longo de 2022. Acompanhou o presidente em agendas pelo estado e buscou ser visto como "o candidato de Bolsonaro" em Alagoas.

Roberto Rocha perde para Flávio Dino no Maranhão

Eleito em 2014 ao Senado pelo PSB, Roberto Rocha (PTB) se aproximou, nos últimos anos, do governo Bolsonaro. Foi chamado pelo presidente de "pessoa maravilhosa, excepcional" e o acompanhou em muitas agendas pelo estado. Rocha se candidatou à reeleição para o Senado pelo estado do Maranhão e perdeu a disputa para o ex-governador Flávio Dino (PSB).

Paulo Martins perde para Sergio Moro no Paraná

Jornalista que ganhou notoriedade por comentários de viés conservador, Paulo Martins foi eleito deputado federal em 2018 e para 2022 resolveu dar um "passo maior" com a candidatura ao Senado pelo PL. Seu projeto de eleição para o Senado, porém, esbarrou no nome do ex-juiz Sergio Moro (União), que ganha pela primeira vez em sua carreira de político um cargo eletivo.

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